Trabalhador vai à Justiça para receber da Schahin

Raul Mariano - Hoje em Dia
24/04/2015 às 06:13.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:45
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Os ex-funcionários da Schahin Engenharia, demitidos após a paralisação das obras do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica (Ciaar), em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, vão entrar com ação coletiva na Justiça do Trabalho visando bloquear bens da empresa que possam ser revertidos em verba para indenização dos trabalhadores.


A decisão foi tomada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de BH e Região (Stic-BH), após reunião realizada na manhã dessa quinta-feira (23) na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Belo Horizonte.


Assim como nos encontros anteriores, a Schahin Engenharia não enviou representantes para tentativa de acordo. Procurada, a empresa não se manifestou. A companhia é acusada pelo Comando da Aeronáutica de dever R$ 14 milhões relativos a antecipação de pagamentos por obras que não foram entregues.


Sem definição a respeito do acerto e dos salários em atraso, os trabalhadores conseguiram apenas a liberação das cestas básicas que estavam armazenadas na obra. No entanto, apenas 60 deles foram contemplados. O restante precisará aguardar a aquisição de novas cestas pelo sindicato, para receber o benefício.


A assistente técnica de projetos Ana Hamacek explica que, além da equipe operacional, todos os ex-funcionários do quadro administrativo reivindicam o direito. “Profissionais da área de segurança, qualidade, almoxarifado e financeiro tiveram o benefício cortado para redução de gastos. No entanto, sabemos que a lei trabalhista obriga todas as empresas de construção civil a conceder esse benefício”, comenta.


O advogado trabalhista Felipe Nicolau, representante do Stic-BH, acredita que os trabalhadores receberão corretamente o acerto e os benefícios.


“Como a Schahin está abandonando somente o segmento de engenharia e continua a atuar no ramo de petróleo e gás, temos expectativa de obter êxito com a ação. A maior batalha judicial será da empresa contra o Comando da Aeronáutica, a respeito das diferenças nas medições”, opina.


Após três anos de atraso, ainda restam 15% das obras para serem concluídas. O custo de etapas ainda não executadas do projeto soma, pelo menos, R$ 3,8 milhões
 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por