Roda que agita as tardes de segunda no Andaraí é um dos destaques da agenda

Patrícia Cassese - Hoje em Dia
22/07/2015 às 07:24.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:01
 (Maury cattermol)

(Maury cattermol)

Ele é daquelas pessoas “gente boa toda vida”, que fazem a delícia do entrevistador. A bordo de sua simpatia, Moacyr Luz desembarca mais uma vez na capital mineira com seu Samba do Trabalhador. Desta vez, os bons sujeitos poderão apreciar o bem sucedido projeto no palco do Teatro Bradesco, nesta quinta-feira (23), a partir das 21h. A roda de samba divulga o repertório do disco “10 Anos & Outros Sambas”, cujo nome já faz clara referência ao tempo de existência.

Para os não tão enfronhados assim no universo do ziriguidum carioca, o repasse: o Samba do Trabalhador marca presença toda segunda-feira, no Andaraí, zona norte do Rio de Janeiro. Criado de forma despretensiosa, hoje atrai milhares – e já rolou até casamento por lá. “A gente teve que separar uma ala para abrigar os 250 convidados”, saúda Moacyr, justificadamente orgulhoso em ser o timoneiro desta embarcação que lança sua âncora às segundas-feiras.

Sim, o trabalhador, no caso, é o sambista profissional, que, claro, costuma ter a agenda cheia nos finais de semana – portanto, encontra, na segunda, o dia propício para relaxar – e apreciar o seu gênero de predileção de maneira mais, digamos, “relax”. E foi nesta vibe – e graças ao boca a boca – que uma pá de gente foi chegando... E a roda acabou ganhando destaque em programas de TV mundo afora.

Homenagem a Dona Ivone

Sobre o novo disco, Moacyr detalha uma particularidade: é o primeiro, do Samba do Trabalhador, a ter o registro ao vivo. “É mais orgânico”, defende Moa, como o cantor e compositor de 57 anos é conhecido. No repertório, há, por exemplo, uma homenagem a Dona Ivone Lara: “Joia Rara”. Já a faixa que abre os trabalhos – “A Reza do Samba” – se destina a balizar essa década da iniciativa que movimenta Andaraí. Moacyr garante: “Todas as faixas do disco estarão no show. Quando a gente gravou, já havíamos testado os arranjos, junto ao público”, diz, ressaltando que não são poucos, os mineiros que costumam bater o cartão lá. Sem falar em uma presença assídua: Toninho Geraes. “Um grande, grande amigo”.

Samba do Trabalhador. Nesta quinta-feira (23), às 21h, no Teatro Bradesco (Rua da Bahia, 2244). R$60 ou R$ 30 (meia)

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