Fifa denuncia cartolas por propinas no Catar e na Rússia

Estadão Conteúdo
18/11/2014 às 17:06.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:04

A Fifa denuncia ao Ministério Público da Suíça cartolas que receberam propinas no Catar e da Rússia para sediar as Copas de 2022 e 2018, mas se isenta de qualquer responsabilidade e mantém os Mundiais nesses dois países, alegando que os crimes não seriam suficientes para invalidar o processo de seleção.

Na semana passada, o juiz supostamente independente da Fifa, Hans Eckert, ignorou provas de corrupção e confirmou que a Copa de 2022 será no Catar. A Rússia, que destruiu seus documentos, também foi inocentada no processo para a Copa de 2018.

O informe, porém, abriu uma guerra. O FBI, nos EUA, indicou que vai ampliar sua investigação de corrupção na Fifa. Já Michael Garcia, o investigador que passou dois anos coletando 200 mil páginas de provas da corrupção, denunciou o resultado e prometeu recorrer, enquanto outros cartolas alertaram que o informe não passa de uma farsa.

Apenas 42 páginas foram divulgadas e somente os nomes de inimigos do presidente da Fifa, Joseph Blatter, foram publicados. Eckert apenas citou a necessidade de punir alguns cartolas e fortalecer o processo de seleção a partir da Copa de 2026.

Agora, num esforço de mostrar que vai lutar contra a corrupção, a Fifa divulga que está denunciando esses cartolas que receberam dinheiro à Justiça da Suíça. Os nomes dos envolvidos, porém, não foram revelados.

"O tema da queixa criminal é uma possível violação por parte de indivíduos em conexão com a escolha das Copas de 2018 e 2022", indicou a Fifa em um comunicado. "Existem suspeitas de que, em casos isolados, transferências internacionais de ativos em conexão com a Suíça ocorreram", alertou.

BRASIL - No fim de semana, o Estado de S.Paulo revelou que uma das transferências que passou pela Suíça, citadas no informe, foi justamente o pagamento do jogo amistoso entre Brasil x Argentina, em 2010 no Catar. A partida foi alvo de investigações e a Fifa concluiu que dirigentes precisariam ser investigados. Mas não citou os nomes.

A reportagem do Estado de S.Paulo revelou com exclusividade que uma das empresas que fez a movimentação dos recursos daquele jogo era a Swiss Mideast, com sede em Zurique.
http://www.estadao.com.br

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