Empréstimo do Banco do Brasil gera disputa de versões entre governo e oposição

Bruno Porto e Ezequiel Fagundes - Hoje em Dia
06/04/2015 às 22:02.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:32

Uma das polêmicas envolvendo a atual gestão petista e o governo tucano passado é em relação a um empréstimo junto ao Banco do Brasil, contratado no ano passado, no valor de R$ 3 bilhões.    De acordo com o secretário de Estado da Fazenda, José Afonso Bicalho, o banco antecipou pouco mais de R$ 1 bilhão, mas ainda há R$ 600 milhões no caixa do Estado.   “O contrato falava o seguinte: só será liberada outra parcela na medida que o Estado prestasse conta de 100% desses recursos que foram liberados. O Estado não gastou o dinheiro todo e não prestou contas”, afirmou o secretário.   Por isso, segundo Bicalho, o restante do repasse não foi feito. “Tinha que comprovar que 100% dos recursos foram gastos. Não tem como a gente dizer que o Banco do Brasil não cumpriu o contrato porque está escrito lá que ele teria que comprovar 100% o gasto com as parcelas. E nós ainda temos R$ 600 milhões que não foram gastos”, informou.   Para Bicalho, a ação judicial que o Estado movia contra o banco será extinta por falta de objeto, já que não há como responsabilizar o Banco do Brasil pela operação.   O deputado estadual e líder da minoria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Gustavo Valadares (PSDB), vê motivações políticas para a não liberação das verbas. “Com esses recursos não teríamos 500 obras paralisadas”, disse.   Em nota, o PSDB afirmou que o atual governo do Estado “é o mesmo governo que liberou o Banco do Brasil de repassar a Minas Gerais mais de R$ 1 bilhão garantidos ao Estado por decisão judicial em operações de crédito já contratadas e não pagas pelo banco desde agosto de 2014”.   A nota do partido ainda afirma que a publicação por parte do governo, do diagnóstico da situação de Minas, é uma tentativa de desviar o foco e “desconstruir um Estado que sempre teve suas contas aprovadas pelo Tribunal de Contas em total respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal”.

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