Os fãs do jazz e da boa música instrumental já sabem: todo ano, a rua Antônio de Albuquerque, na Savassi, recebe um importante palco para shows que dificilmente são proporcionados em circuitos tradicionais de música. Trata-se da festa de rua do “Savassi Festival”, que foi realizada neste domingo (5), para um público de 4 mil pessoas que teve de garantir o ingresso gratuito com antecedência.

Em sua 13ª edição, o evento contou com apresentações de Manassés Nascimento Quinteto, Sérgio Galvão e Big Band Palácio das Artes, além dos estrangeiros, o pianista americano Cliff Korman e o vibrafonista e gaitista alemão Hendrik Meurkens.

Entre o público de 4 mil pessoas, estava a família Cateb. A pedagoga Carmen, de 61 anos, atendeu ao convite dos dois filhos e conferiu o festival pela primeira vez, acompanhada também das noras e duas netinhas, Valentina e Carmen, ambas de 2 anos.

“Estou achando tudo muito bacana, é um programa bem light. As meninas estão gostando do movimento, adoram quando todo mundo bate palmas”, diz a pedagoga. “Além da música, o clima do evento é muito gostoso, especialmente por ser no meio da rua”, completa o filho dela, o empresário Marcelo Cateb, de 37 anos.

A estilista Luciana Miranda, de 44 anos, também estava conferindo o evento pela primeira vez e gostou do clima animado da festa. “Acho importante ter eventos assim na rua. Belo Horizonte é carente de festas assim, com boa música. É importante que a cultura seja acessível a todos”, afirma.

Sua amiga, a gerente Luciana Brandão, de 31 anos, diz que é difícil encontrar lugares com programação dedicada ao jazz. “Eu moro no Prado e lá há muitos bares, mas todos muito focados no samba. Faz falta assistir a um show assim, em que o público aplaude, prestigia o músico e não está preocupado apenas com baderna e bebedeira”, diz.  

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