Com um a menos, América vira sobre o Atlético e quebra tabu

Wallace Graciano - Hoje em Dia
22/02/2015 às 17:55.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:06
 (Samuel Costa)

(Samuel Costa)

Foram quase quatro anos de angústia, mas o torcedor americano, enfim, pôde comemorar uma vitória sobre o Atlético, após 11 jogos de jejum (nove derrotas e dois empates). Em um clássico cheio de reviravoltas, o Coelho bateu o Galo por 2 a 1, de virada, mesmo atuando com um jogador a menos durante boa parte do duelo disputado neste domingo (22), no Independência.    Mancini, de pênalti, e Bryan fizeram a festa da torcida americana. André anotou o tenho alvinegro, também em tiro da marca do cal.   Com a vitória o Coelho chegou aos 10 pontos e divide a liderança com o Cruzeiro. O time estrelado leva a melhor no salto de gols (6 contra 3). O Galo, por sua vez, perdeu a invencibilidade e agora está no terceiro posto da tabela.    Os dois clubes voltarão a jogar em casa pela quinta rodada. No sábado (28), o América recebe a Caldense, no Independência, a partir das 18h30. No domingo (1º), o Galo encara o Guarani, também no Horto. A partida terá pontapé inicial às 16 horas.   Antes, porém, os clubes entrarão em campo por outras competições. Pela Copa do Brasil, o Coelho visita o Luziânia, no estádio Zequinha Roriz, em Goiás. A partida terá início às 19h30. Pouco mais tarde, às 19h45, a bola rolará para o duelo entre Atlético e Atlas, no Independência. O embate é válido pelo Grupo 1 da Copa Libertadores.   TEMPO QUENTE, JOGO FRIO   Apesar do Atlético ir a campo com o time reserva, muitos esperavam um bom clássico na tarde deste domingo (22), uma vez que, além da rivalidade, estava em jogo a possibilidade de terminar a rodada na liderança. Porém, o que se viu na primeira etapa foi um jogo corrido, mas pouco pensado.   Tanto o América, quanto o Atlético, abusaram da paciência de seus torcedores. O Galo, por exemplo, errou 27 passes, enquanto o rival pecou 13 vezes. Nos lançamentos, a história foi quase a mesma. O time alvinegro falhou em 22 oportunidade, enquanto o alviverde em 13.    Assim, ninguém conseguia criar boas oportunidades. Raras foram as chances de gol durante o primeiro tempo. Pelo lado atleticano, Carlos quase abriu o placar aos 8 minutos, mas cabeceou para fora. Já o Coelho, chegou com perigo apenas aos 28, quando Alison resvalou de cabeça um tiro esquinado. Mas foi só.    CONFIRA AS MELHORES IMAGENS DO DUELO  

  FIM DO TABU   Se o jogo deixou a desejar na primeira etapa, no período complementar a história foi outra. Ao contrário de outrora, América e Atlético criaram mais oportunidades e deixaram o clássico empolgante até os últimos minutos.   Um dos motivos por tamanha reviravolta ocorreu aos 11 minutos, quando Carlos deu passe açucarado para Cesinha. O meia-atacante iria ficar cara a cara com João Ricardo. Iria, porque Patrick o derrubou na área. Pênalti para o Galo e chuveiro para o lateral-direito do Coelho. Na cobrança, André não perdoou. 1 a 0.   A vitória parcial e a vantagem numérica em campo eram um bom prenúncio para a vitória alvinegra. Porém, o jogo estava longe de estar decidido.   Bryan tratou de mostrar isso aos 19 minutos. O lateral-canhoto recebeu bola, chapelou Carlos César na passagem e, ao ver Victor adiantado, arriscou do meio da rua. A bola foi morrer no ângulo do arqueiro alvinegro. Que golaço! 1 a 1.   O Coelho continuou atacando, mesmo com um a menos. Aos 25, teve um gol anulado, quando Diego Lorenzi superou Victor.    Aos 31, porém, a história foi diferente. Felipe Amorim recebeu passe em profundidade no miolo da zaga alvinegra. Quando ia ficar de frente para o crime, Edcarlos o derrubou. Pênalti, que Mancini não desperdiçou. 2 a 1.    Até o apito final, foi um jogo tenso. Porém, toda a angústia valeu a pena. O América voltava a vencer o Atlético, feito que não conquistava desde 27 de fevereiro de 2011, quando Fábio Júnior brilhou na vitória sobre o Galo, também por 2 a 1.    O QUE SE LEMBRAR Da impressionante virada do Coelho. Mesmo com um a menos, o time americano conseguiu virar sobre o Atlético e colocar fim no tabu.   O QUE ESQUECER Dos erros excessivos no primeiro tempo.    O DESTAQUE Bryan. Fez uma bela partida e foi premiado com um golaço.      FICHA TÉCNICA AMÉRICA  2 X 1 ATLÉTICO   AMÉRICA: João Ricardo, Patrick, Alison, Anderson Conceição (André), Bryan; Thiago Santos, Diego Lorenzi, Mancini, Felipe Amorim; Rodrigo Silva (Dopô) e Henrique (Robertinho). TÉCNICO: Givanildo Oliveira   ATLÉTICO: Victor, Carlos César, Tiago, Edcarlos, Emerson Conceição; Pierre, Josué (Danilo Pires), Cárdenas (Dodô); Cesinha, André e Carlos. TÉCNICO: Levir Culpi     Gol: André (aos 13') e Bryan (aos 19'), Mancini (de pênalti) (aos 31 do 2º tempo) Data: 22 de fevereiro de 2015 Motivo:  Jogo válido pela quarta rodada do Campeonato Mineiro 2015 Estádio: Independência Cidade: Belo Horizonte Árbitro: Igor Junio Benevenuto (CBF) Assistentes: Marconi Helbert Vieria (CBF) e Felipe Alan Costa de Oliveira (CBF) Cartões amarelos: André, Carlos César, Edcarlos, Emerson Conceição e Josué (Atlético); Bryan, Thiago Santos e Rodrigo Silva  (América) Cartão amarelo: Patrick (América) Público: 10.140 pagantes Renda: R$ 273.615,00

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