Ucrânia vai assinar acordo que provocou rebelião no país

Estadão Conteúdo
25/06/2014 às 10:18.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:08

O governo da Ucrânia vai assinar, na sexta-feira, um amplo acordo econômico e comercial com a União Europeia (UE), um documento de 1.200 páginas que contém regras para comercialização de produtos que vão de perus a tulipas e de queijos a maquinário.

A não assinatura do acordo, meses atrás, foi o catalisador de uma revolução que deixou vários ucranianos mortos e derrubou um presidente. A expectativa agora é que ele dê início a outro tipo de revolução, desta vez na economia corrupta e de baixo desempenho da Ucrânia. O documento traz a promessa de grandes mudanças no país, que é rico em pessoas e recursos mas que tem estado atrás na comparação com muitas nações que faziam parte da União Soviética.

Quando a União Soviética foi rompida, em 1991, Ucrânia e Polônia tinham economias parecidas. Atualmente, enquanto a economia ucraniana ainda é baseada principalmente em empresas soviéticas privatizadas dos setores minerador, de aço e maquinários, a Polônia criou melhores condições para a realização de negócios e novas indústrias surgiram. A Polônia passou a integrar a UE em 2004 e é atualmente cerca de quatro vezes mais rica do que a Ucrânia quando se considera a produção econômica per capita.

O acordo oferece "potencialmente, transformações tão grandes como na Polônia", afirmou Nicholas Burge, chefe da sessão de comércio e economia da delegação da UE em Kiev. "É isso que oferecemos à Ucrânia se eles puderem sustentar o ritmo de reformas."

O ex-presidente Viktor Yanukovych havia planejado assinar o acordo, mas recuou por causa da pressão de Moscou, o que deu início a meses de protestos que, no final, o forçaram a deixar o país e resultaram em novas eleições. O novo presidente, Petro Poroshenko, deve assinar o documento na sexta-feira, numa cerimônia em Bruxelas. Fonte: Associated Press.
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