Pressionado, André se destaca em treino do Santos

Sanches Filho
29/01/2013 às 20:36.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:25

André fez a festa nesta terça à tarde, no rachão em campo reduzido, no CT Rei Pelé. Como de costume, o atacante santista estava no time de Neymar e era vítima de gozação dos jogadores da equipe adversária a cada oportunidade perdida. Quando o seu time estava sendo derrotado por 3 a 1, Neymar reuniu os companheiros no meio do campo, fez uma preleção e no final da conversa gritou para o centroavante. "Vai, André". Na sequência, o atacante marcou quatro gols, na vitória por 5 a 4 do time de Neymar.

Não foi a primeira vez neste ano que André fez gol em rachão, mas jamais havia marcado quatro vezes. Nesta quarta às 22h, contra o Ituano, em Itu, ele vai ter pela frente um desafio bem maior do que virar o placar de um rachão. Desde 10 de outubro do ano passado, quando marcou um dos gols na vitória por 2 a 0 do Santos contra o Botafogo, no Engenhão, André não balança as redes. Um jejum de 10 jogos. A marca seria imperdoável para quem tem como companheiro de ataque Neymar se o seu técnico não fosse Muricy Ramalho, determinado a recuperá-lo durante enfadonha fase de classificação do Campeonato Paulista.

"Não sou de abandonar jogador e, além disso, preciso dele para o ano inteiro", justificou o treinador em recente entrevista à imprensa. Internamente, Muricy cobra maior empenho de André nos treinamentos físicos, mas, com dois jogos por semana, o atacante tem pouco tempo para procurar melhorar o condicionamento.

Como o time soma três vitórias (duas pelo Campeonato Paulista e uma no amistoso contra o Barueri) e ainda não perdeu neste início de temporada, a pressão em cima de André poderia ser menor sem a sombra de Miralles. Nos quatro jogos disputados pelo Santos em 2013, o atacante argentino sempre entrou no segundo tempo, marcou três gols e sofreu o pênalti convertido por Neymar contra o Bragantino. Mas, por enquanto o argentino é considerado o plano B do ataque santista, em razão de jogar pelos lados do campo e ter dificuldade de atuar de costas para os marcadores para fazer a 'parede' para quem chega de trás.
http://www.estadao.com.br

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