Quando foi anunciado pelo Cruzeiro, Arrascaeta gerou enorme expectativa. E não era por acaso: o futebol apresentado pela promessa uruguaia de 21 anos no Defensor o credenciava a substituir Everton Ribeiro. Depois de seis meses, porém, o meia-atacante ainda busca afirmação.

 

Hoje, diante do Coritiba, às 16h, o camisa 10 começa a escrever uma nova história, agora sob o olhar atento de Vanderlei Luxemburgo. Há três semanas na Toca da Raposa, o técnico ainda não teve a oportunidade de conversar com a principal aposta do clube para a temporada. 

 

Convocado para a Copa América, o armador retornou do Chile anteontem e será opção no banco de reservas. 

 

O treinador pede paciência à torcida. “Foi dada ao Arrascaeta uma responsabilidade para um menino que jogava em um time pequeno, em um estádio para 12 mil pessoas. Aí ele chega para o bicampeão brasileiro. De repente, ele recebe a camisa e vira o responsável pelo protagonismo dessa equipe. Eu não quero que seja passado a ele uma responsabilidade que é da equipe, não só dele”, avisa.

 

A cautela vem acompanhada de cuidados: um dos líderes da equipe, Paulo André passou a se concentrar com o atleta, com o intuito de enturmá-lo com o restante do grupo. “Ele é cabeça aberta, apesar da timidez. É um moleque desacostumado à vida de cidade grande. Veio de uma cidadezinha de 2 mil habitantes. É normal que tenha essa situação”, relatou o zagueiro, que assume hoje a vaga deixada pelo suspenso Bruno Rodrigo.

 

VOLTA POR CIMA

 

Arrascaeta agradece a confiança e promete evoluir com a camisa celeste. “Cheguei aqui e tinha que tratar de responder da melhor maneira. Às vezes, vou fazer bem e, outras, não tão bem. Tenho que ter a cabeça fria e ficar de olho no que faço. Devo estar preparado, porque preciso trabalhar muito para mostrar em campo”, reconhece.