Com problemas na marcação, laterais são o principal calcanhar de Aquiles da Seleção

Wallace Graciano - Enviado Especial
11/06/2014 às 10:01.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:57
 (Gaspar Nóbrega e Vanderlei Almeida)

(Gaspar Nóbrega e Vanderlei Almeida)

TERESÓPOLIS – Felipão está preocupado. Apesar de ter os dois dos melhores zagueiros do mundo no time, ele não consegue dar equilíbrio à defesa canarinho. Tudo por conta da vocação ofensiva de seus laterais: Daniel Alves e Marcelo. Na última terça-feira (10), após mais um dia de ajustes no posicionamento dos alas, ele testou na Granja Comary aquela que pode ser uma alternativa recorrente durante a Copa do Mundo: a utilização de três volantes para compactar os espaços.

Durante a atividade, Felipão abriu mão da criação da equipe ao sacar Oscar e colocar Ramires na sua vaga. Com isso, Luiz Gustavo e Paulinho se revezaram na cobertura das laterais. A postura, entretanto, deve ser utilizada somente em situações específicas de jogo, já que Scolari confirmou o time titular habitual como aquela que começará contra a Croácia.

O maior problema de Felipão está na esquerda. Habilidoso e forte no apoio, Marcelo não consegue ter a mesma qualidade para defender. Não é raro observar nos treinos as brechas deixadas pelo lateral.

Na segunda-feira, Scolari forçou Maicon a jogar como se fosse um meia aberto na ponta. Ele queria simular a atuação de Darijo Srna, um dos principais nomes dos croatas. Marcelo só conseguiu impedir os avanços do lateral da Roma com jogadas faltosas, o que não agradou Felipão.

Hulk

A vocação ofensiva de Daniel Alves também preocupa. No Barcelona, ele é praticamente um meia pela direita. Porém, ao contrário do lado esquerdo, onde não pode contar com a cobertura de Neymar, Felipão achou em Hulk uma boa alternativa para compactar suas linhas.

Desde a Copa das Confederações, ele se tornou um dos jogadores mais importantes da Seleção taticamente, pois cobre Daniel Alves.

Em 2002, na conquista do penta, quando tinha Cafu e Roberto Carlos, dois laterais muito ofensivos, a estratégia de Felipão foi apostar num esquema com três zagueiros.

Agora, para não deixar o hexa escapar, busca uma alternativa.

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