Após recusar convite de Ronaldinho para jogar no Flu, Donizete vai "caçar" o craque no Maracanã

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
28/08/2015 às 07:34.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:32

O toque do telefone pegou Leandro Donizete de surpresa. O DDD 21, do Rio de Janeiro, eliminava a hipótese de ser algum dirigente do Atlético, um jornalista mineiro ou mesmo o empresário Edson Khodor. Do outro lado da linha, um convite que soou como elogio do mais alto escalão. Era Ronaldinho Gaúcho, ex-companheiro de Galo, chamando o volante para jogar novamente ao lado dele, agora no Fluminense.   O atleticano agradeceu, mas a resposta foi negativa. Assim, o antigo escudeiro do craque terá agora a missão de marcar e anular o amigo em pleno Maracanã, pela 21ª rodada do Brasileirão, neste domingo.   "Já protegi ele muito bem no passado. Mas agora eu vou caçar ele, não vou dar descanso. Na hora que ele piscar estarei em cima", disse Donizete, ao Hoje em Dia.   No início do ano, Donizete até chegou a pensar em uma troca de clube, após ter passado algum tempo como reserva e recebido sondagem para voltar ao Coritiba. Contudo, nem se quisesse, poderia mudar-se para o Rio e refazer a dupla de “seguranças” de R10 com Pierre.   Na época da ligação, o camisa 8 já havia feito dez jogos pelo Galo no Brasileirão, sendo que um atleta só pode atuar por outro clube da Série A se tiver atuado menos de sete vezes.   Donizete já foi rival de Ronaldinho em outros tempos e não entrará em campo inexperiente em anular o amigo. Nos treinos da Cidade do Galo, o volante sabia que deixar R10 respirar ou piscar os olhos é pedir para ser castigado.   "Marcar ele é muito difícil, por ser extremamente técnico e tem um domínio de bola apurado, além da visão de jogo que não vi igual em outro jogador. Marquei muito ele nos treinos e procurava não dar espaço, não deixar ele dominar, tentando a antecipação", completou.   “Corro por ele”  


Nos tempos de Atlético, os dois fizeram 68 partidas juntos. A parceria era simples e eficiente: um destruindo na defesa para o outro poder construir no ataque. Assim, eles viveram a fase mais gloriosa da história atleticana, com a conquista das inéditas Libertadores e Recopa.

“Vou correr para ele. Pode deixar que eu e o Pierre vamos marcar forte. O Ronaldinho veio para somar, é um grande jogador. Quero deixar ele bem descansado ali frente, porque ele tem o poder para decidir a partida a nosso favor a qualquer hora”, declarou Donizete na época.

Promessa é dívida

Natural de Araraquara, Donizete costuma passar as férias visitando os conterrâneos. Em viagem realizada em 2013, na parada para a Copa das Confederações, o volante recebeu um desafio para ser cumprido na reapresentação ao Atlético: tirar uma foto de Ronaldinho vestido com a camisa da Ferroviária, clube no qual o volante foi revelado.

O camisa 8 cumpriu a palavra, mandou a foto para um jornalista da cidade paulista, e a imagem “viralizou” na internet. De quebra, ainda ouviu o craque pedir para ficar com o uniforme, como uma lembrança.

Dias depois, ainda recuperando-se de lesão, no banco de reservas, o “General” seria campeão da Copa Libertadores ao lado do “Bruxo”.

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