Há seis anos, sua rotina era completamente diferente. O jovem, então com de 22 anos, trabalhava como balconista na padaria do pai, na pequena cidade de Piraúba, com pouco mais de 10 mil habitantes, na Zona da Mata mineira. Mas já sonhava muito mais alto. A persistência, aliada ao incentivo do pai, fez com que ele se profissionalizasse no futebol, conseguindo a primeira chance no Tupi, de Juiz de Fora. Vivendo um momento “maravilhoso” no América, como define, o zagueiro Wesley Matos, que “trocou” de sobrenome para homenagear o pai, José Paes de Matos Filho, terá um reencontro especial com o ex-clube no sábado de Carnaval.    “Vai ser um jogo especial para mim. Tenho um carinho enorme pelo Tupi, mas agora estou do outro lado, no América. Vou dar a vida, tudo de mim, para sairmos de lá com uma excelente vitória”, promete o atleta, que vai passar informações aos companheiros de time.   Wesley, que já havia desistido de atuar profissionalmente, pois havia sido reprovado em testes, aos 17 anos, recebeu – e aceitou – um convite do próprio presidente do Tupi, Áureo Fortuna, em 2009. Na ocasião, o zagueiro participava de um campeonato amador, que era transmitido em uma rede local de TV.    Promessa   Conhecido como Wesley Ladeira no ex-clube, a primeira atitude que teve ao chegar no Coelho, no início deste ano, foi mudar o sobrenome. “É uma promessa ao meu pai. Ele ficou muito feliz. Como virei profissional tardiamente, disse a ele que faria a homenagem quando vestisse a camisa de um clube grande.”   No Tupi, o zagueiro usava o sobrenome da mãe. O zagueiro revela que aguarda a presença do pai nas arquibancadas no próximo sábado (14).    Já adaptado ao Coelho, Wesley revela um momento de turista ao lado da esposa nos momentos de folga. “Estamos conhecendo aos poucos, pegando informações com os colegas de grupo. Já fomos a igreja da Pampulha, pois ela queira conhecer”, diz.

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