Os servidores do Ministério Público Estadual (MPE) votaram pelo fim da greve e retornam ao trabalho a partir desta quarta (27), após 113 dias de paralisação. Mesmo com a definição, os servidores planejam apresentar uma proposta à Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) de Minas Gerais para que o corte de salários dos grevistas seja suspenso.
Eles pretendem negociar uma solução para a reposição dos dias parados, já que os grevistas tiveram os salários cortados em janeiro. A decisão foi tomada no final da tarde dessa terça (26), em Assembleia Geral, no Hall das Bandeiras da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com a presença de aproximadamente 450 pessoas.
A principal reivindicação dos servidores é em relação ao percentual de correção que será aplicado à data-base. A Procuradoria Geral de Justiça havia proposto 5%. No entanto, o Sindicato dos Servidores do Ministério público de Minas Gerais (Sindsemp) não havia concordado, pois argumenta que o percentual que deve ser aplicado é o da inflação para recomposição das perdas. No período, segundo o Sindsemp, a infalão foi de 8,45%.
A greve já é a maior da história de servidores estaduais em Minas Gerais. A maior que havia sido registrada antes era dos trabalhadores da Educação, em 2011, que permaneceram 112 dias parados.
Em reunião realizada no último dia 22, entre membros do Sindsemp, representantes do movimento grevista e da PGJ, ficou decidido que seria deliberado na assembleia dessa terça os rumos do movimento.
Além da recomposição salarial, os servidores pleiteiam a criação de comissão para estudos em relação a melhorias do auxílio- saúde, estudos para mudanças na jornada de trabalho e a suspensão do corte do ponto dos grevistas, para que seja aguardada a decisão judicial sobre o tema.