Com o impeachment no Senado, Temer já considera nomes para eventual governo

Da Redação
primeiroplano@hojeemdia.com.br
19/04/2016 às 06:00.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:01
 (Jose Cruz/Agência Brasil )

(Jose Cruz/Agência Brasil )

Com o avanço do processo de impeachment, que ontem passou a tramitar no Senado depois de ser aprovado pela Câmara por 367 votos, o vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), já começou a definir possíveis indicações para ministérios de sua cota pessoal. Segundo o jornal “Folha de S. Paulo”, a eventual equipe contará com nomes de peso, especialmente nas áreas econômica e social. 

Leia também:
É estarrecedor que um vice conspire contra o presidente, diz Dilma
'São irmãos siameses e faces da mesma moeda', diz Marina sobre Dilma e Temer
Temer tentará nome técnico para a Agricultura, mas pode ceder a partidos
PT intensifica articulações no Senado e com movimentos sociais
 

Ex-presidente do Banco Central no segundo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Armínio Fraga é cotado para a área econômica. Assim como o ex-presidente do BC no dois mandatos do ex-presidente Lula, Henrique Meirelles. Questionado sobre o possível convite, Meirelles se recusou a negar ou confirmar que tenha sido consultado para participar de um eventual governo comandado por Temer.

Em palestras a investidores e analistas de mercado em Nova York, no entanto, ele tem apresentado uma agenda de ajustes econômicos, que contempla o aumento de impostos no curto prazo. “Eu não comento conversas privadas. Tudo aquilo que é público é anunciado. Tudo que não é público, é privado”, declarou após participar do Brazil Summit, evento anual organizado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA em Nova York.

Quem é dado como certo para assumir a Casa Civil ou a Secretaria de Governo é o ex-ministro Eliseu Padilha, fiel escudeiro de Temer e um dos principais articuladores da estratégia para aprovar o processo de impeachment na Câmara. Ex-ministro de Dilma (Assuntos Estratégicos e Aviação Civil), Moreira Franco é outro nome lembrado. 

O senador José Serra (PSDB-SP) também deve ter lugar no ministério, já que desde o início do processo de impeachment o tucano sempre esteve ao lado do vice-presidente. Temer quer Serra na Saúde, mas o tucano gostaria de participar na área econômica.

Para a Justiça, o vice quer um perfil semelhante aos ex-presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Brito e Carlos Velloso – esse último mineiro.

Bastante próximo de Temer, o ex-ministro Nelson Jobim deve compor o eventual governo do peemedebista. Jobim foi cotado para a Justiça, mas seu nome perdeu força porque ele advogou para empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras. A preocupação é como Temer fará para sinalizar as mudanças aos empresários sem atropelar a decisão do Senado. Lá, aliados do vice avaliam que o cenário é muito diferente da Câmara e que a vitória não é garantida. 
 ​

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por