Marco Polo Del Nero assume nesta quinta-feira (16) a presidência da CBF, porém as críticas ao novo mandatário já começaram. O ex-jogador Romário - conhecido por seus gols e polêmicas - publicou em seu Instagram que Del Nero é suspeito de crime fiscal por comprar dois apartamentos idênticos e no mesmo condomínio por preços diferentes. Segundo a publicação, o primeiro apartamento custou R$: 1,6 milhões e nove meses depois o segundo foi comprado R$: 5,2 milhões.
Confira a íntegra da publicação do ex-jogador:
“Hoje a CBF muda de comando. Sai um ruim para entrar um péssimo, como já é tradicional na entidade. Marco Polo Del Nero assume oficialmente o cargo de presidente, papel que já vinha desempenhando há muito tempo. A troca de coroas será apenas simbólica, já que a dinastia de poder da CBF manterá o histórico de falcatruas.
Prova disso é a matéria do jornalista Sérgio Rangel hoje no jornal Folha de S. Paulo. O repórter revela as relações e negócios suspeitos de Del Nero com o empresário Wagner Abrahão. Vocês devem lembrar que Abrahão é dono das agências de turismo beneficiadas naqueles contratos fraudulentos e a empresa aérea TAM.
O jornal descobriu que, recentemente, Del Nero comprou um apartamento do Wagner Abrahão no valor de R$ 5,2 milhões. Até aí tudo bem. A questão é que há apenas 9 meses, o cartola havia comprado um apartamento semelhante, no mesmo condomínio, com a mesma metragem (261 m²), por apenas R$1,6 milhões. O novo apartamento foi pago da seguinte forma: R$ 4,36 milhões em 12 parcelas, mais a antiga coberta dada como parte do pagamento por R$ 400 mil e um saldo devedor não revelado. Advogados ouvidos pelo jornal classificaram a compra dos dois imóveis como “atípica” e consideram que houve uma manobra para burlar o fisco.
O parceiro “predileto” dos mandatários da CBF, Wagner Abrahão, na Copa de 1998, teve o passaporte apreendido na França acusado por agências de turismo de lesar centenas de brasileiros. Ele vendeu ingressos acima da capacidade permitida e vários compradores ficaram de fora da final.
Novos comandantes, velhas práticas. É aquela velha máxima que diz que algo deve mudar, para que tudo continue como está.
Pobre futebol brasileiro!”