Com queda nas estatísticas, Raposa sofre no mercado: Ilsinho é a bola da vez

Alberto Ribeiro - Hoje em Dia
25/06/2015 às 07:25.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:38
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Não é novidade para ninguém que o Cruzeiro sofre com a falta de especialistas no setor de criação. Agora, completas oito rodadas do Brasileirão – cerca de um quinto da competição –, as estatísticas ajudam a comprovar a carência no setor.

Segundo o site especializado Footstats, a Raposa já acumula 443 posses desperdiçadas e, com isso, é a equipe que mais perde a bola entre os 20 concorrentes da Série A, atrás de Palmeiras (430) e Goiás (417).

A procura por um reforço para o meio se arrasta desde o início do ano, mas dificuldades no mercado impediram a chegada de nomes de peso, para a ira da China Azul.

Depois de várias especulações, a bola vez é Ilsinho (ex-Palmeiras, São Paulo e Inter). Com apenas mais uma semana de contrato com o Shakhtar Donetsk (Ucrânia), o jogador de 29 anos é cotado para retornar ao Brasil, e o Cruzeiro seria um dos interessados.

No Shakhtar, o lateral-direito de origem tornou-se uma peça versátil e passou a atuar também no meio de campo. A diretoria estrelada, no entanto, nega que haja qualquer negociação em andamento.

Sem Arrascaeta, convocado para disputar a Copa América pela seleção do Uruguai, o atacante Marquinhos vem exercendo o papel de armador, uma vez que Gabriel Xavier e Alisson estão lesionados.

“É diferente. Sem o meia de ofício, nós ali da frente temos que nos mexer um pouco mais, tentamos forçar muitas jogadas. Temos que dar o drible, forçar o passe, mas isso às vezes não dá certo. Temos que fazer algo diferente”, avalia o atacante Leandro Damião.

Lições da derrota

Para o camisa 9, a equipe precisa aprender a jogar conforme o adversário. Na derrota por 1 a 0 para a Chapecoense, a Raposa não conseguiu furar o bloqueio defensivo dos catarinenses, situação que segundo ele não pode se repetir diante do Coritiba, domingo, pela nona rodada.

“São partidas diferentes. Tem adversário que vem para jogar e tem adversário que vem para se defender, como aconteceu contra a Chapecoense. Contra o Vasco (vitória celeste por 3 a 1), eles vieram para cima. Aí a gente consegue jogar. No jogo contra o Flamengo também (triunfo por 1 a 0). O time vem para cima e nos dá espaços”, conclui o centroavante.

Enquanto não pode contar com reforços do mercado internacional nem do departamento médico, o técnico Vanderlei Luxemburgo lamenta os desfalques e cobra mais ousadia do time. “Faltou um pouco mais de habilidade, criatividade e drible para poder furar a defesa (da Chapecoense). Nós fomos burocráticos”, lamentou o treinador cruzeirense.

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