Boneco inflável de Lula reaparece na Paulista com segurança reforçada

Folhapress
30/08/2015 às 14:26.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:34
 (Gabriel Soares/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)

(Gabriel Soares/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo)

Depois de sofrer um ataque e ser rasgado na sexta (28), o Pixuleko, boneco inflável do ex-presidente Lula vestido de presidiário, reapareceu neste domingo (30) consertado e com esquema de segurança reforçado.

Cinco seguranças e um gradil foram contratados por cerca de R$ 2 mil e levados para isolar o boneco do público na avenida Paulista.

"Se a gente não fizer isso a petralhada ataca de novo", afirmou Carla Zambelli, líder do movimento Nas Ruas.

O Pixuleko foi inflado na altura da alameda Ministro Rocha de Azevedo, na frente do prédio onde funciona TCU (Tribunal de Contas da União) em São Paulo, para pressionar o tribunal a agilizar a análise de supostas irregularidades na conta do governo Dilma em 2014.

Líderes dos movimentos pró-impeachment também recolhiam assinaturas para um manifesto contra a corrupção.

Para animar os manifestantes, que se aglomeravam em torno do boneco e em cima da ciclovia da Paulista, a organização providenciou um alto falante que era usado para fazer discursos contra Dilma e Lula e tocar músicas diversas.

A trilha sonora foi do hino brasileiro a adaptações de músicas famosas.

"Vem vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer", trecho de "Pra Não Dizer que Não Falei das Flores", de Geraldo Vandré, virou

"Dilma vai embora, o Brasil não quer você. Leva junto o Lula e os vagabundos do PT".

A letra de "Faroeste Cabloco", da Legião Urbana, foi modificada para criticar o escândalo na Petrobras. Os organizadores se revezavam no microfone para cantar junto com as gravações.

Ministro vaiado

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi cercado e xingado na avenida Paulista, na manhã deste domingo. Ele fazia uma caminhada junto com um amigo, que estava de camisa vermelha, e foi reconhecido por manifestantes.

Por volta das 13h, manisfestantes pró-Dilma foram ao local e gritaram pedindo que o boneco fosse retirado. Alguns chegaram a trocar socos com opositores do governo antes de serem separados pela PM.

Depois da intervenção da polícia, os dois grupos passaram a se xingar e alternar gritos de guerra.

No microfone, Heduan Pinheiro, do Movimento Brasil Melhor, pediu que os apoiadores do governo se manifestassem em outro local.

"Não queremos conflito, estamos só protestando contra a corrupção. Se quiserem, façam um boneco gigante meu também e vão protestar".

O ato foi oficialmente encerrado por volta das 14h com a execução do hino nacional e gritos de " Viva a PM".

"Vai gritar isso em Osasco", responderam os apoiadores do governo, em referência à chacina que deixou 19 mortos na cidade e, suspeita-se, pode ter sido promovida por policiais.

Depois do encerramento, os presentes continuaram discutindo separados pela PM.

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