Mineira se destaca nos EUA e sonha com reconhecimento no Brasil

Carlos Rhienck/Hoje em Dia
01/09/2014 às 07:56.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:01
 (Carlos Rhienck/Hoje em Dia)

(Carlos Rhienck/Hoje em Dia)

O sapateado é uma paixão que a mineira Melissa Tannús alimenta desde os seis anos de idade. Após 12 anos de estudo no Studio Uai Q Dança, em Uberlândia, cursos no exterior e uma rápida passagem pelo curso de Dança da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, a moça decidiu buscar a profissionalização nos Estados Unidos. E conseguiu. Aos 20 anos, ela faz parte da Chloe Arnold’s Syncopated Ladies, sediada em Los Angeles.

Com o grupo, ela já passou por uma experiência diferenciada. Recentemente, a companhia participou do reality show “So You Think You Can Dance” (criado pelos mesmos idealizadores de “American Idol” e exibida no Brasil pela Fox Life). E desde que a superstar Beyoncé compartilhou vídeos da Syncopated Ladies em seu Twitter, ampliou-se o número de convites para apresentações.

Sonoridade com os pés

“O sapateado oferece uma incrível capacidade para me expressar. Afinal, é música e dança ao mesmo tempo. É muito legal poder dançar e poder trabalhar a sonoridade com os pés”, afirma Melissa Tannús, que está, neste momento, viajando por várias cidades brasileiras para ministrar workshops para sapateadores experientes e divulgar informações sobre a arte nascida há muitos séculos.

A garota pretende fortalecer seu trabalho nos Estados Unidos para depois investir na divulgação do sapateado no Brasil. Sua intenção inicial é traduzir livros e documentários sobre o assunto para o português – para que mais brasileiros possam ter contato com a história do sapateado. “Também quero produzir um vídeo sobre essa dança no ano que vem e pretendo, no futuro, desenvolver a minha própria companhia, misturando sapateado com elementos da cultura brasileira. Embora seja uma dança popular nos Estados Unidos, temos também o nosso jeito de fazer sapateado, como a catira”, diz.

Por enquanto, é impossível pensar em um retorno definitivo ao Brasil. Aqui, o sapateado ainda é visto com preconceito por muitos profissionais da dança. “Entrei na Unicamp com 17 anos, mas logo vi que aquilo não era o que eu queria. Alguns professores disseram que eu deveria escolher entre o sapateado e a dança contemporânea pois eram incompatíveis”.









 

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