UE aprova missão militar na República Centro-Africana

Agencia Estado
20/01/2014 às 11:33.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:27

Ministros de Finanças da União Europeia (UE) concordaram nesta segunda-feira em enviar tropas para a República Centro-Africana, numa rara missão militar conjunta que tem como objetivo estabilizar o país após violentos confrontos, informaram fontes diplomáticas do bloco.

Os cerca de 500 militares vão se unir aos 1.600 soldados franceses e aos cerca de 4 mil integrantes de forças africanas que estão no país sob um mandato da Organização das Nações Unidas (ONU), afirmaram as fontes.

A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu um esforço maior para evitar que o país caia num conflito sectário. Mais de 1.000 pessoas foram mortas desde o início da violência, um mês atrás, e cerca de 1 milhão deixaram suas casas.

Novo presidente

A República Centro Africana iniciou nesta segunda-feira o processo de escolha de um novo presidente interino, que vai enfrentar a difícil tarefa de conter o caos e o derramamento de sangue no país.

O Conselho Nacional de Transição deu início a uma reunião para selecionar um líder interino entre oito candidatos, dentre os quais está o prefeito da capital, Bangui, e os filhos de dois ex-presidentes.

Algumas pessoas protestaram contra o critério usado para se chegar a esses oito nomes. Para serem aceitos, os candidatos não podem ter participado de milícias ou rebeliões armadas nos últimos 20 anos. Num país marcado por golpes e rebeliões, a regra excluiu uma série de candidatos.

Muitos esperam que a mudança na liderança do país ajude a abrir o caminho para a paz. Centenas de pessoas foram mortas desde que Michel Djotodia deixou o poder há dez dias. Ele havia tomado o poder após um golpe, em março do ano passado, que derrubou o presidente Françoise Bozizé.

Djotodia faz parte de uma coalizão rebelde de maioria muçulmana, chamada Seleka, que depois de chegar ao poder promoveu uma onda de assassinatos e saques que levou a ações retaliatória por parte de uma milícia cristã, conhecida como antibalaka, o que deu origem aos mais recentes confrontos no país. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.
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