Esquinas escondem várias ‘pegadinhas’ para motoristas

Alessandra Mendes - Hoje em Dia
09/10/2014 às 07:48.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:32
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Ao contrário do que muita gente pensa, os problemas de trânsito não ocorrem apenas nas vias mais movimentadas do hipercentro de Belo Horizonte. Há dificuldades também para quem dirige nos bairros, principalmente quando a questão é sinalização.

No alto do bairro Santo Antônio, na zona Sul, por exemplo, um cruzamento virou motivo de dor de cabeça para os moradores. Dezenas de acidentes acontecem na rua Paulo Afonso, na esquina com rua Mangabeiras.

“Na última reunião que tivemos com a BHTrans, no início do ano, levamos cerca de 40 boletins de ocorrência referentes a batidas no local. O fato incontestável é que o cruzamento é perigoso e algo precisa mudar”, afirmou o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Santo Antônio, Gabriel Coutinho.

O que contribui para a ocorrência de acidentes é uma parada brusca que existe na Paulo Afonso. Via de mão única, ela tem preferência de tráfego durante todo o trajeto até chegar na esquina com a Mangabeiras.

“Não faz sentido ser dessa forma. Muita gente não vê a parada obrigatória e passa direto e os que param acabam gerando um outro problema com a retenção do trânsito”, disse Coutinho.

Os reflexos do entrave no cruzamento são sentidos em outras vias do bairro como as ruas Marabá e Mar de Espanha. Para resolver a questão, os moradores propõem a instalação de um semáforo no local. “A nosso ver, isso seria a solução. Já pedimos para a BHTrans e a empresa ficou de dar retorno, mas até agora nada”, contou o morador do bairro.

Demanda antiga

Um semáforo também é solicitado por moradores do bairro Santo Agostinho no entroncamento da rua Gonçalves Dias com Mato Grosso. “Tem mais de dois anos que fazemos esse pedido. A qualquer momento alguém vai ser atropelado porque o local é travessia de crianças e os carros descem a Gonçalves Dias em alta velocidade”, afirmou o presidente da Associação dos Moradores do Santo Agostinho, Rodrigo Laender.

Outra demanda para o bairro é um radar de avanço de sinal na avenida Amazonas, na esquina com Gonçalves Dias.
“Os motoristas não respeitam o sinal vermelho correndo o risco de atropelar as pessoas. Temos escolas na região, o que é um perigo ainda maior”, observou Laender. Apesar de acionarem a BHTrans, os moradores não tiveram os pedidos atendidos e têm que conviver com o problema.

Mas apenas o semáforo nem sempre é a solução para todos os casos. No bairro Gutierrez, na região Oeste, apesar de sinalizado, um cruzamento continua oferecendo riscos para motoristas e pedestres.

“Sempre recebemos reclamações com relação ao entroncamento da rua André Cavalcante com avenida Francisco Sá. Já foram registrados atropelamentos e batidas, mesmo com o sinal de trânsito. Precisamos discutir uma intervenção que seja definitiva”, afirmou Wellington Medeiros, conselheiro do SOS Bairros, instituição que abrange o Prado, Barroca, Calafate e Gutierrez.

Versão da BHTrans

Em nota, a BHTrans informou que não implantou um semáforo
na interseção das ruas Paulo Afonso e Mangabeiras, no bairro Santo Antônio, em função da topografia da rua Mangabeiras. No entanto, foi feita correção geométrica e implantação de proibição de estacionamento na rua Paulo Afonso, para melhorar a visibilidade e segurança na esquina.

Sobre o cruzamento das ruas Gonçalves Dias e Mato Grosso, a BHTrans informou que já foi elaborado um projeto para o local. Sua elaboração e execução são condicionantes das obras do Hospital Mater Dei.
As alterações serão implantadas por empresa contratada pelo hospital.

Quanto ao pedido de instalação de um radar na Amazonas com rua Gonçalves Dias, a BHTrans alegou que esse tipo de equipamento deve ser priorizado para locais que apresentam os maiores riscos. Para a escolha leva-se em conta, principalmente, o índice de acidentes com vítimas. Por isso, segundo o órgão, não é possível atender a solicitação dos moradores. 

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