O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, prepara operação no Senado com a Polícia Federal (PF). A grande dúvida é se solta o pedido de prisão de Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney. Ou se dá um susto, para não derrubar a República de vez – libera mandados de busca e apreensão nos gabinetes. Turma jovem e muito reservada, a força-tarefa de Janot não pega leve. Trabalha em meio andar da sede do MP com acesso restrito.
Custo Brasil
A operação pode sair dentro de duas semanas, respeitados os trâmites da homologação da delação de Sérgio Machado. Ou Janot pode sentar em cima em prol da ‘estabilidade’.
Home-office
A força-tarefa de Janot leva tão a sério o trabalho que uma procuradora, de família de Brasília, mudou-se de sua casa para um apartamento funcional, a fim de se concentrar.
Acertos
A cúpula do PMDB desconfia de que o traittore Sérgio Machado aceitou argumentos de grãos-petistas para liberar os áudios bombásticos, antes da sua delação.
Gritaria abafada
Sem alarde – e sem a esperada divulgação que almejava – a turma da Faculdade de Filosofia da USP realiza desde segunda-feira um seminário com palestras de dezenas de intelectuais da esquerda. O cartaz tem o título “A resistência ao Golpe de 2016”. Passaram por lá o prefeito Haddad, Ciro Gomes e Luiz Erundina, entre outros.
Sem recibo
Presidente tampão da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA) quer limpar a biografia. Tem repetido que nunca foi aliado de José Sarney, como os adversários espalham. Mas também não foi adversário. Manteve-se neutro e respeitos
Paz de Cristo...
O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, passou constrangimento na festa de Pentecostes na Esplanada na quinta.
Ao seu lado sentou-se o tucano Paulo Fernando Mello, suplente de deputado distrital. Rollemberg não o cumprimentou, a primeira-dama sim. Na véspera, em inserção na TV, Mello pediu o seu impeachment por inépcia.
Oposição atenta
De um petista decano: Se o PGR não fizer algo contra o trio gravado por Sérgio Machado, pode inocentar (o ex-senador) Delcídio do Amaral imediatamente.
Maritaca
Machado ganhou o apelido de Serginho Maritaca. Um militar de pijama lembra que, se fosse personagem do regime dos anos 60, seria X9 fácil para pegar os ‘subversivos’.
Fé no Poder
A bancada evangélica da Câmara cerca o presidente Temer para emplacar apadrinhados na Secretaria Nacional de Drogas, no MJ; no comando da Funai; e no segundo escalão do Ministério da Educação, que cuida da compra de livros didáticos.
Pneu furado
Pelo visto, acabara a gasolina das viaturas do BOPE no Rio, e 30 homens armados de fuzis, além de estupradores, não são vistos como perigo para a cidade. Polícia apurava crime pela internet até a pressão popular botar a tropa na comunidade ontem à noite.
Balança
Temer tem se mostrado um excelente articulador. Nomeou na Secretaria de Direitos Humanos, em cargos estratégicos, Flávia Piovesan, pró-aborto, e a ex-deputada e evangélica Fátima Pelaes, contra o aborto.
Aborto na pauta
Dia 7 de junho será realizada a 9ª Marcha contra o Aborto na Esplanada dos Ministérios.
Ponto Final
Justiça seja feita. Apesar de não ser citado em nenhum jornal, revista ou TV como o ‘dono do furo jornalístico’, devem-se a Rubens Valente, da Folha, as reportagens exclusivas sobre os áudios gravados por Sérgio Machado com Renan, Jucá e Sarney.