Depois de colher bons frutos das categorias de base em 2013 e também nas campanhas da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro deste ano, Atlético e Cruzeiro já se preparam para transformar outros jovens talentos em realidade no ano que vem. Se em 2014 as portas se abriram para Jemerson e Carlos, do lado alvinegro, além de Mayke e Lucas Silva, do azul, outros garotos estão prontos para seguir a mesma trilha. E a reta final do Brasileirão já deu indícios sobre as principais esperanças na Cidade do Galo e na Toca da Raposa. Pelo Atlético, largam na frente os meias Eduardo e Paulinho, além do atacante Daniel, escalados pelo técnico Levir Culpi nas últimas rodadas da competição. No Cruzeiro, as apostas são os atacantes Hugo Ragelli e Judivan, além do volante Bruno Ramires. O Campeonato Mineiro será a grande oportunidade para os garotos. Com atenções voltadas para a Libertadores, os clubes rivais deverão utilizar o Estadual como uma extensão da pré-temporada, poupando as principais peças. Além de um elenco mais econômico, investir na formação pode render, futuramente, vendas milionárias para o mercado internacional. A situação pode ser vista hoje no Cruzeiro. Cobiçados, o volante Lucas Silva pode render uma cifra que ajudaria nas finanças do clube em 2015. Alvo de Real Madrid e Arsenal, Lucas está prestes a deixar a Toca por 15 milhões de euros (R$ 48 milhões). A estratégia, porém, requer uma rede de captação desenvolvida. “Temos gente observando jogadores no Brasil inteiro. Aqueles que têm potencial são trazidos. É um trabalho incentivado pela diretoria. Acredito que, no futuro, teremos muitos jogadores no time profissional”, avalia o vice-presidente da Raposa, Márcio Rodrigues. Disciplina Muito além dos aspectos físico e técnico, o trabalho de formação abrange também o desenvolvimento pessoal e disciplinar. Na base alvinegra, por exemplo, os garotos não podem usar bonés durante as refeições nem usar brincos nos espaços comuns. Os acessórios característicos dos boleiros só são permitidos nos quartos. Segundo André Figueiredo, coordenador da base no Atlético, as restrições se justificam pelo objetivo de formar atletas comprometidos e capazes de ajudar ao Galo profissionalmente. “Não temos exatamente uma cartilha de comportamento. São regras que todo clube profissional tem”.