Tucanos e petistas montam equipes de apoio e investem em aliados

Amália Goulart - Hoje em Dia
03/07/2014 às 07:03.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:14
 (Leo Lara)

(Leo Lara)

As campanhas ao governo de Minas Gerais dos ex-ministros Pimenta da Veiga (PSDB) e Fernando Pimentel (PT) deram início a uma batalha pelo apoio de deputados e prefeitos dissidentes. Com tempo de televisão quase igual – Pimenta deve levar vantagem pequena, de 14 minutos contra 10 –, as investidas nos prefeitos, vereadores e deputados deverão ser intensificadas.

Na campanha do tucano, é dada como certa a dissidência de parte do PMDB, que terá a vaga de vice de Pimentel. “Temos sinalização concreta de que mais da metade das bancadas peemedebistas vão nos apoiar pelo interior”, disse um dos correligionários envolvidos na empreitada. Os tucanos contam com a ala do PMDB que queria caminhar com eles, porém, foi voto vencido dentro da legenda.

A dissidência soma-se ao trabalho de 49 deputados estaduais, da base, escalados para percorrer as cidades do interior onde são votados. O PSDB conta com eles para a campanha, como aconteceu nessa quarta-feira (02) em Poços de Caldas, no Sul de Minas.

Os tucanos ainda acreditam que parlamentares do PSB irão abrir dissidência para apoiá-los, já que alguns deles fizeram parte do governo de Minas nos últimos anos.

Já o lado petista aposta na dissidência de prefeitos dos rincões e de cidades polo. “Na última eleição, eles prometeram uma série de convênios com prefeituras e não cumpriram. Então, contamos com cerca de 30% de dissidentes da base deles”, relata um fiel escudeiro de Pimentel.

Além disso, Pimentel acredita que sua vantagem nas pesquisas de intenção de voto levará os gestores municipais a apoiá-lo. No último levantamento, do instituto Vox Populi, divulgado pelo Hoje em Dia em maio, Fernando Pimentel tinha 29% da preferência do eleitorado, contra 16% de Pimenta da Veiga.

Cabos eleitorais

Além dos dissidentes, os candidatos levarão seus cabos eleitorais de peso aos palanques.

O PSDB vai investir em Antonio Anastasia para atrair votos para Pimenta e torná-lo conhecido no interior. Anastasia também é candidato ao Senado. Ele coordena o programa de governo presidencial do senador Aécio Neves (PSDB). Para ter tempo para percorrer o Estado em sua campanha e com Pimenta, será substituído, na função de coordenador, por Maria Sílvia Bastos, que já presidiu a Companhia Siderúrgica Nacional. O vice de Pimenta, Dinis Pinheiro, também irá ajudar no percurso pelo interior, mas irá sozinho.

Pimentel terá a companhia do ex-presidente Lula no palanque. A presidente Dilma Rousseff (PT) virá a Minas apenas em grandes eventos. O petista usará também como cacife as obras do governo federal que estão sendo executadas em Minas.

Campanha começa no domingo

Os pré-candidatos às eleições deste ano vão se tornar candidatos de fato no próximo sábado, prazo limite
para que registrem as chapas no Tribunal Regional Eleitoral.
A partir de domingo, já podem fazer a campanha oficial.

O pré-candidato petista Fernando Pimentel irá se adiantar e entregar o registro e as declarações solicitadas pela Justiça Eleitoral nesta sexta-feira (04). Pimenta da Veiga deve fazê-lo no sábado.  

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