(Flávio Tavares)
A cara era de poucos amigos dos jogadores e do técnico Marcelo Oliveira no vestiário do Cruzeiro após a derrota por 3 a 2 para o Atlético ontem, que colocou um ponto final da invencibilidade de 23 jogos da Raposa no Mineirão. Visivelmente chateado, Marcelo Oliveira acredita que o excesso de gols perdidos foram cruciais para o revés no clássico. “Não levou quem foi melhor, mas não posso dizer que não teve méritos quem faz os gols. O Atlético foi pouquíssimas vezes e fez os gols, aliás o primeiro estava impedido. O Cruzeiro fez o que sempre faz aqui, um time que ataca e que envolve. Vamos lembrar que teve duas bolas na trave. O Dagoberto e o Moreno tiveram boas oportunidades também, mas não conseguimos concluir em gol”, critica o comandante. “Foi um volume muito forte do Cruzeiro. No momento em que o Atlético estava enrolando nas bolas paradas, eles fizeram os gols. Fizemos tudo que era possível para sair com a vitória, mas acabamos perdendo”, completa. Principal destaque da Raposa em campo, e um dos poucos jogadores que concederam entrevistas, o jovem Alisson também lamentou as chances perdidas e a eficiência do Atlético na frente. “O futebol é muito injusto. Duas bolas na trave e os caras vão no ataque e acertam tudo. Bola pra frente que estamos na frente ainda”, lamenta o atacante, de 21 anos, autor do segundo gol do time azul. O lateral esquerdo Egídio não tinha explicações para o mal resultado e ressaltou a vantagem da equipe na ponta da tabela. “É muito difícil. Saímos atrás do placar, conseguimos empatar com um volume de jogo muito bom no segundo tempo e eles conseguiram o terceiro em um contra-ataque. Não podemos abater com isso porque continuamos na liderança”, comenta. Sem tempo para lamentar, o Cruzeiro volta aos trabalhos na tarde de hoje, na Toca da Raposa, já pensando na partida contra o Coritiba, quarta-feira, no Couto Pereira, em Curitiba.