Bancada mineira não terá candidato oficial para liderança do PMDB

Thiago Ricci - Hoje em dia
18/01/2016 às 21:23.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:04

Uma reunião realizada na noite desta segunda-feira, na sede do PMDB em Belo Horizonte, entre os sete deputados federais do partido e o vice-governador Antônio Andrade terminou sem consenso após aproximadamente três horas de conversa. Com isso, ficou definido que a bancada mineira não terá candidato oficial e os congressistas estão liberados para votar de forma independente.
 
A decisão fortalece o atual líder da sigla na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), que tinha como principal rival justamente a bancada mineira - um acordo em 2015 indicava que o novo chefe deste ano sairia de Minas Gerais. Após uma ofensiva de Leonardo Quintão (MG), que chegou a ocupar o cargo por cerca de dez dias em dezembro, e mesmo de Newton Cardoso Jr. (MG), que se colocou como candidato, os mineiros recuaram.
 
Uma negociação para que Mauro Lopes (MG) assuma a Secretaria de Aviação Civil, vaga desde a saída de Eliseu Padilha, teria motivado a mudança do rumo. Lopes já declarou oficialmente que aceitaria caso fosse convidado, mas garante que existiram, por ora, apenas sondagens. Na semana passada, o experiente deputado (cumpre a sexta legislatura na Casa) chegou a se reunir com o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).
 
Reunião sem consenso
 

O encontro entre a bancada mineira nesta segunda-feira durou cerca de três horas e conseguiu reunir todos os congressistas do partido: Laudívio Carvalho, Quintão, Lopes, Cardoso Jr., Rodrigo Pacheco, Saraiva Felipe e Silas Brasileiro, além de Andrade - também presidente da sigla em Minas. Em um determinado momento, Quintão e Cardoso Jr. chegaram ter uma conversa em particular a fim de entrar em um consenso, sem sucesso.
 
"Único consenso é que não houve consenso. Como falei anteriormente, só seria candidato se fosse consenso. Então, retiro minha candidatura e a bancada mineira não tem candidato, está liberada", afirmou Cardoso Jr.
 
Quintão não atendeu às chamadas da reportagem, mas manteve a candidatura mesmo sem o apoio dos mineiros. A principal aposta do congressista é a ala oposicionista do partido na Câmara, a mesma responsável pela manobra que o levou à liderança em dezembro.
 
Naquela ocasião, uma lista com apoio de Temer e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), foi feita para destituir Picciani. Cerca de dez dias depois, o deputado fluminense conseguiu nova lista para retomar o cargo que ocupa até hoje.
 
Em fevereiro, uma votação será realizada para definir um novo líder ou se Picciani continua no posto.

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