Ex-delegado preso por matar a namorada não tinha autorização para sair do presídio em BH

Hoje em Dia*
14/11/2014 às 14:42.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:01

A juíza da Vara Criminal Ouro Preto, Lúcia de Fátima Magalhães Albuquerque Silva,  confirmou, nesta sexta-feira (14), que ainda não avaliou o pedido do ex-delegado Geraldo do Amaral Toledo Neto para fazer um curso à distância. Geraldo Toledo foi preso acusado de matar a tiros a namorada adolescente em abril de 2013, em Ouro Preto, na região Central do Estado. Desde o dia 3 de janeiro deste ano, ele está preso na Casa de Custódia da Polícia Civil, no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte.   Nessa quarta-feira (12), a TV Alterosa flagrou Geraldo Toledo andando na rua e entrando na instituição de ensino a distância Uniube, no bairro Floresta, também na região Leste da capital. Após o flagrante, o desembargador Renato Martins Jacob, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, enviou um despacho à juíza Lúcia de Fátima. No documento, o desembargador pergunta se o detento tem autorização para sair do presídio.    Conforme a juíza, no processo consta um pedido de Geraldo Toledo para fazer o curso de história à distância da Uniube, com visitas presenciais, até o fim deste ano. Porém, o pedido ainda não foi autorizado e, portanto, o ex-delegado não poderia sair da Casa de Custódia. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) não soube informar quando o pedido foi feito e afirmou que não há prazo para que o mesmo seja avaliado pela juíza.   A reportagem do Hoje em Dia entrou em contato com a Polícia Civil, já que é a responsável pela Casa de Custódia, mas ainda não obteve retorno.   Homicídio   Amanda Linhares foi baleada na cabeça no dia 14 de abril de 2013, em Ouro Preto. Na data, testemunhas informaram que o delegado e a garota teriam discutido dentro do carro do Geraldo Toledo momentos antes de ela ser ferida.   Segundo a Polícia Civil, essa não foi a primeira vez que o delegado teria agredido a jovem. Conforme a assessoria de comunicação da corporação, em março de 2013, Geraldo Toledo chegou a ser indiciado pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente por agressão contra a jovem.   Amanda, de 17 anos, morreu na noite do dia 3 de junho de 2013, após ficar 51 dias internada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. A causa da morte foi uma parada cardiorrespiratória. O corpo da adolescente foi velado e enterrado no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Conselheiro Lafaiete, na região Central de Minas.   Geraldo Toledo foi preso em abril de 2013, quando foi levado para a Casa de Custódia da Polícia Civil, no bairro Horto, região Leste de Belo Horizonte. Em outubro de 2013, o ex-delegado foi transferido para o presídio de São Joaquim de Bicas, e, em janeiro de 2014, foi novamente para a Casa de Custódia.   Crimes   O ex-delegado é investigado também por ter cometido infrações para registrar e licenciar duas motocicletas com motores e chassis irregulares. Geraldo Toledo ainda responde no processo por adulteração de sinal identificador de veículo automotor, receptação e formação de quadrilha.    *Com informações da repórter Thais Oliveira.

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