Conflitos no Iêmen deixam 31 mortos, apesar de cessar-fogo

Estadao Conteudo
26/12/2015 às 15:39.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:27

Autoridades do Iêmen disseram que confrontos na madrugada deste sábado entre rebeldes xiitas e apoiadores do governo na província de Taiz, no sudoeste do país, mataram 31 pessoas, incluindo oito civis, apesar de um acordo de cessar-fogo que deve vigorar pelo menos até o dia 28. O governo diz que os rebeldes do grupo Houthis estão bloqueando o fluxo de ajuda humanitária para a capital da província. O cerco à cidade já dura meses.

O confronto no Iêmen opõe o governo, que é reconhecido internacionalmente, e os Houthis, ligados ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh e possivelmente apoiados pelo Irã. O governo tem o apoio dos Estados Unidos e também da Arábia Saudita, que lidera uma coalizão internacional contra os rebeldes.

Esta semana, o Alto Comissário da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos, Zeid Raad al-Hussein, afirmou que grande parte dos ataques contra civis no Iêmen parece ser realizada pela coalizão liderada pelos sauditas. Segundo a ONU, o conflito no país já deixou pelo menos 5.884 mortos desde março, quando os ataques aéreos da coalizão começaram.

A organização não governamental Human Rights Watch criticou esta semana o Conselho de Segurança da ONU por "permanecer praticamente silencioso sobre os abusos da coalizão liderada pelos sauditas". A embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, disse que o país tem pressionado a Arábia Saudita a cumprir as leis humanitárias internacionais.

Teoricamente, a ONU deve fornecer assistência técnica para o governo do Iêmen investigar eventuais abusos contra os direitos humanos, mas Zeid al-Hussein afirmou que a aprovação dos membros do Conselho de Segurança para isso ainda está pendente. A vice-secretária-geral da ONU para Questões Humanitárias, Kyung-wha Kang, disse que milhões de pessoas no Iêmen estão desnutridas e que o sistema de saúde do país está "perto do colapso". Fonte: Associated Press.
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