(Editoria de Arte)
Apenas seis rodadas foram disputadas, o que corresponde a pouco mais de 15% do total de jogos do Campeonato Brasileiro, mas o início desastroso dos clubes mineiros na competição é motivo de preocupação. Na briga pelo título nas últimas quatro edições, com o Cruzeiro bicampeão, em 2013 e 2014, e o Atlético vice duas vezes, em 2012 e 2015, Minas Gerais amarga a parte de baixo da tabela.
Com América (17º colocado) e Cruzeiro (18º) na zona de rebaixamento e o Atlético na 14ª posição, o que mais se ouve é o sonho de se alcançar os 45 pontos. A notícia boa é que provavelmente não se precisará de tanto. Quem garante é Gilcione Nonato da Costa, professor do Departamento de Matemática da UFMG e um dos responsáveis pelo site Probabilidades no Futebol (veja a tabela abaixo).
“Os 45 pontos não são uma verdade absoluta contra o rebaixamento. Ainda é muito pouco para se prever qualquer coisa, mas baseado nesses seis jogos, com 42 pontos pode ser que se salve. Com 43, posso dizer que são muito grandes as chances de se livrar”, afirma Gilcione.
No ano passado, o Avaí foi rebaixado com 42 pontos e o seu maior rival, o Figueirense, se salvou com 43. Nas dez edições do Brasileirão por pontos corridos, com 20 clubes, em seis delas 43 pontos foram suficientes para se evitar a queda.Veja a análise de Cristiano Martins e Alexandre Simões:
Título
Pensando grande, o início ruim é sim um entrave na briga pelo título. Segundo Gilcione, o clube que ultrapassa os 70 pontos já pode começar a sonhar com a taça.
E os números realmente comprovam a sua tese. Apenas em duas das últimas dez edições o vice-campeão passou dos 70 pontos. Isso aconteceu em 2008, com o Grêmio (72) e 2012, com o Atlético (72).
“Quando a gente pega o melhor dos mineiros por exemplo, que é o Atlético, já vemos uma diferença de seis pontos para os líderes. É a pontuação de duas rodadas. Mas mesmo se o Galo passar a ter um desempenho muito superior ao que está apresentando, levaria pelo menos de dez a 15 rodadas para chegar neste grupo. Se não fosse assim, dependeria de uma queda muito grande de um número razoável de clubes para encostar”, garante Gilcione.
Ainda é cedo para se falar em definições. A abertura da janela de transferências mudará muito as equipes a partir do final deste mês, mas o sinal de alerta já está ligado em Minas Gerais.