Medina viaja nesta 6ª ao Havaí para a decisão do surfe

Estadão Conteúdo
20/11/2014 às 10:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 05:06

Gabriel Medina embarca nesta sexta-feira (21) para o Havaí, nos Estados Unidos, e na mala leva a esperança de se tornar o primeiro brasileiro a conquistar o título mundial de surfe. A partir do próximo dia 8, ele disputará a última etapa do Circuito Mundial, na praia de Pipeline, e terá de ficar à frente do australiano Mick Fanning e do norte-americano Kelly Slater na pontuação final. São várias as possibilidades de conquista do troféu, mas em linhas gerais, se ele for bem nas ondas mais famosas do mundo, dificilmente o título vai escapar.

Nós últimos 10 dias, Gabriel Medina fez uma preparação física em sua casa na praia de Maresias, em São Sebastião (SP), com o especialista Allan Menache. Foram dois turnos por dia, de duas horas de duração cada, com intensidade máxima. A ideia é deixar o atleta pronto para as ondas tubulares do Havaí. "Ele é muito esforçado e determinado. Queremos manter a base que ele conquistou e até ampliar um pouco os limites. A ideia é chegar no Havaí melhor do que estava em Teahupoo, no Taiti", contou Menache, sobre uma das etapas que o brasileiro ganhou este ano.

Como Charles, pai e treinador de Gabriel, foi triatleta, a intenção foi utilizar técnicas modernas no aprimoramento do surfista. A opção pelo treinamento funcional foi determinante para que Gabriel Medina obtivesse sucesso na temporada. "É um treino que contempla as mais variadas técnicas e estratégias possíveis para serem aplicadas a um atleta. No caso dele, a atividade é voltada para o surfe. O planejamento trabalha especificidades, mas também os aspectos gerais", explicou.

O principal foco é a região do conjunto de músculos que ficam próximos à coluna vertebral e ajudam a dar estrutura para o corpo. Isso influencia no controle do centro de gravidade e facilita o aumento da eficiência nos movimentos. Com isso, a performance do atleta fica melhor e diminuiu o risco de lesões. "Esse trabalho vem de um projeto maior, que não é só preparação física, é interdisciplinar. Temos a parte de clínica médica, por exemplo, para o atleta estar bem resguardado. Começou no Instituto Mar Azul com o diretor clínico Marcelo Baboghluian", disse Menache, que na próxima semana vai inaugurar em São Paulo um centro de treinamento.

PREPARO MENTAL - Gabriel Medina não está cuidando apenas do físico, mas também do aspecto psicológico que envolve uma disputa de título mundial. Aos 20 anos, ele vai encarar dois veteranos que juntos somam 14 conquistas no Circuito. "Ele está com a parte mental muito forte, confiante e isso faz a diferença no atleta. Vejo o Gabriel tranquilo porque apesar de ser jovem já é muito maduro".

O ambiente no Brasil também está ajudando o surfista a esquecer a frustração de não ter conquistado o título mundial por antecipação. Ele está perto da família e dos amigos e tem aproveitado para matar a saudade do País. "A gente confia que ele vai trazer esse título mundial", afirmou Menache.

Ao chegar ao Havaí, Medina vai participar da segunda etapa da Tríplice Coroa Havaiana e que conta pontos para o ranking de acesso. A competição tem início na próxima segunda e será disputada na praia de Sunset Beach. A competição não muda o cenário para a disputa do título mundial, em Pipeline. Mas já ajuda o surfista a pegar algumas ondas no Havaí e testar os exercícios físicos que fez nos últimos dias. "Ele sabe que pode confiar no estado físico", comentou Menache.
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