(Bruno Cantini)
A próxima rodada do Campeonato Brasileiro colocará no caminho do Atlético um dos piores ataques da competição. Mas a cobrança por finalizações melhores também está presente na Cidade do Galo. Diante do Atlético-PR, no último domingo, a superioridade no volume de jogo e na posse de bola não construíram a vitória por conta do pé descalibrado dos atletas.
Ao fim do jogo, o técnico Levir Culpi deixou clara a insatisfação com o baixo aproveitamento ofensivo dos comandados. “A finalização foi o nosso maior defeito. Fomos muito superiores, o time esteve equilibrado, mas infelizmente pecamos nos chutes. E isso acabou nos custando caro. Em alguns momentos do jogo, envolvemos completamente, mas fomos incompetentes nas conclusões”, avaliou o treinador.
A equipe alvinegra se reapresentou nesta segunda-feira (25) e terá quatro dias de treino antes do próximo compromisso, já que recebe folga hoje. E Levir Culpi certamente irá preparar um trabalho específico para melhorar a parte técnica da equipe.
Além disso, o retorno de Guilherme, recuperado de lesão, deve acontecer justamente diante do Vasco. A equipe cruz-maltina só marcou uma vez em três rodadas de campeonato. Em comparação com os adversários, o Galo tem uma boa média de chutes certos (na direção do gol), mas falta caprichar para tirar a bola do alcance dos goleiros. E a entrada do camisa 17 pode melhora consideravelmente a capacidade atleticana de balançar a rede.
Números
Diante do Furacão, o aproveitamento dos chutes ilustra a derrota: das 15 finalizações desferidas pelo Galo, 11 foram erradas.
Um contraponto é a goleada por 4 a 1 sobre o Fluminense. Na melhor apresentação do time mineiro em 2015, o ataque bombardeou Diego Cavalieri por 16 vezes, acertando dez bolas na área da baliza.
O rendimento do Atlético no Brasileirão supera a média nacional no torneio: 45% contra 37,4% no índice geral. Contudo, na Copa Libertadores e no Campeonato Mineiro, o time preto e branco ficou devendo. Quando enfrentou o Colo-Colo na estreia, em Santiago, chutou nove vezes para produzir apenas duas finalizações certas.
No segundo jogo pela final do Estadual diante da Caldense, o Galo conseguiu virar o jogo com mais conclusões certas do que erradas. Foi a única partida do ano com esse balanço positivo. Já na derrota para a Veterana na primeira fase, foram seis chutes, com apenas um na meta.
Surpresa
Além da presença de Guilherme na Cidade do Galo, outra aparição que chamou a atenção foi a do volante Richarlyson. Mas não trata-se de um reforço para o time de Levir Culpi. Atualmente na Chapecoense, o jogador só vestirá a camisa de treino do Atlético enquanto trata do joelho direito no CT alvinegro.