Operação da PF contra venda de anabolizantes prende duas pessoas em Minas

Danilo Emerich - Hoje em Dia
09/04/2015 às 17:10.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:34
 (Facebook / Reprodução)

(Facebook / Reprodução)

Quinze pessoas foram presas, sendo duas em Minas Gerais, em uma operação da Polícia Federal contra a produção, distribuição e venda de anabolizantes. A ação foi realizada em quatro estados tendo como alvo um dos maiores laboratórios ilegais no Brasil.   A operação 'Ciclo Final' cumpriu dois mandados de busca e apreensão e um de prisão em Conselheiro Lafaiete, na região Central de Minas, e um de prisão e de busca e apreensão em Passos, no Sul do Estado. Nesta última cidade, o suspeito foi detido em flagrante comercializando grande quantidade de anabolizantes.   Ao todo, foram 18 mandados de prisão em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, sendo 15 cumpridos; três pessoas estão foragidas. Além disso, também foram executados 26 mandados de busca e apreensão no país. Entre o grupo, um famoso fisiculturista também foi detido.   O grupo mantinha atividades no Brasil há pelo menos cinco anos e o laboratório tem o nome de Growth Company, que significa empresa do crescimento, na tradução livre do inglês. Os produtos não tinham autorização da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) para serem fabricados ou comercializados.   Segundo o delegado federal responsável pela operação, Bruno Rigotti, de São José do Rio Preto, a investigação foi iniciada há oito meses. O inquérito foi iniciado a partir da apreensão de matéria-prima nos Correios, com remetente de outro país. A partir daí, a Polícia Federal descobriu ramificação do grupo em todo o país.   “Eram dois grupos. Um que importava anabolizantes prontos para consumo de outros países, como Uruguai e Argentina. Outro mantinha laboratórios precários, que fabricava os produtos com matéria-prima vinda da China”, afirmou o delegado.   Rigotti ainda diz que há vários relatos de pessoas que passaram mal com o consumo dos produtos. Dois laboratórios foram encontrados na operação nesta quinta, sendo um em Piracicaba (SP) e outro no Rio de Janeiro (RJ).    “A movimentação mensal das cabeças do grupo era de R$ 1 milhão. Os líderes chegavam a ganhar R$ 200 mil por mês. Eram três os principais. Um para tomar conta dos laboratórios, outro para cuidar dos estoques e finanças e um terceiro responsável pelo marketing”, afirmou o delegado Bruno.   A investigação agora continua para identificar outras pessoas envolvidas no esquema. A operação foi batizada de “Ciclo Final”, em alusão à forma de administração dos medicamentos anabolizantes, cujo período de uso é chamado de “ciclo”.   Os presos serão encaminhados às delegacias da Polícia Federal nos quatro estados, onde ficarão à disposição da Justiça e responderão pelos crimes de tráfico de drogas, falsificação de produto destinado a fins medicinais e formação de organização criminosa.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por