Em tempos de crise, destinos como Malta e Cidade do Cabo vêm conquistando espaço

Hoje em Dia
28/06/2015 às 11:24.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:40
 (Creative Commons)

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Um dos destinos mais populares entre os brasileiros que saem em busca de cursos de inglês, a Irlanda apertou as leis para concessão de visto de estudos recentemente. O país – que foi um dos cinco destinos mais procurados em 2014, de acordo com Associação Brasileira de Intercâmbio (Belta) – era visado principalmente por quem queria trabalhar e estudar, ajudando a custear a viagem. Alunos que possuiam visto de um ano de estudo tinham permissão para trabalhar 20 horas semanais durante o curso e 40 horas semanais no período de férias. Como cada aluno saia de férias em um período diferente, dificultava a fiscalização do governo. Para mudar o cenário, desde janeiro, o trabalho de 40 horas semanais está permitido apenas nos meses de maio a agosto.

Se você pensava em embarcar para Dublin procurando uma experiência internacional mais barata e o aprendizado de um novo idioma, a regra pode complicar, mas ainda não é motivo de desespero. Fugindo da desvalorização do real, é cada vez mais comum que estudantes procurem por países falantes do idioma e com custo de vida mais barato. Há destinos na Europa e África com durações variáveis. Turismo destaca, nesta semana, os novos interesses para quem quer aprender outro idioma sem doer no bolso.
Com a libra esterlina na casa dos R$ 5,20 e o dólar em disparada, destinos tradicionais como Estados Unidos e Inglaterra são menos recomendáveis para quem procura opções econômicas. Mas dá para aprender inglês na ilha de Malta. Banhada pelo Mar Mediterrâneo, Malta é uma ex-colônia britânica que ainda carrega uma forte influência dos ingleses, com direito às famosas cabines telefônicas vermelho-cereja e pubs em estilo londrino.

O custo de vida para quem resolve fazer intercâmbio no país é relativamente baixo. A capital St. Julian’s, por exemplo, é famosa por todo continente pela vida noturna vibrante e a maioria das boates não cobram entrada. Os bilhetes de ônibus custam cerca de € 1,30 e são válidos por duas horas e uma corrida média de táxi raramente passa dos 15 euros. Para quem gosta de viajar, a localização da ilha também é outro ponto a favor: fica do lado da Itália e bem próxima da Grécia e da Turquia, além de ser servida por várias companhias aéreas de baixo custo.

A Sprache Caffe (http://www.sprachcaffe.com) oferece um curso de inglês intensivo no local ao valor de € 400/mês. Com a hospedagem, o valor pode variar entre € 800 e € 1340, a depender do tipo de acomodação escolhida pelo estudante. Já a Conexão Malta (http://www.conexaomalta.com.br) vende um pacote que inclui 12 semanas de curso e hospedagem em quarto duplo, além de matrícula, transfer e material didático, por € 2.698. A passagem aérea sai, em média, por R$ 3.500 saindo de São Paulo, segundo o site de buscas SkyScanner.

 

Na cidade do Cabo

Outra opção é a capital legislativa e segunda maior cidade da África do Sul: a Cidade do Cabo. Cercada por paisagens montanhosas e os dois oceanos, a cidade também conta com uma infinidade de parques naturais e museus. A vida é cosmopolita, reunindo estrangeiros de todas as partes do mundo em casas noturnas espalhadas por vários bairros. Os amantes do turismo de aventura também contam com pacotes especiais montados por agências de turismo locais, com destino a lugares como as Cataratas Vitória ou ao Parque Nacional de Kruger.

A moeda local ajuda na economia: um Rand Sul-africano (ZAR) equivale a R$ 0,25. Restaurantes considerados caros para o custo local cobram em média R$ 50 por uma refeição completa: entrada, prato principal, sobremesa e vinho. Uma viagem de 10 minutos de táxi sai em média por R$ 7, enquanto o aluguel de carro por dia não custa mais de R$ 80. Ônibus saem por aproximadamente R$ 1,60.

A Optima Intercâmbio (https://www.optimaintercambio.com.br) tem pacotes de 4 semanas de curso, com acomodação em casa de família e meia-pensão (café da manhã e almoço) a US$ 3.250. Na Intercâmbio Global (http://www.intercambioglobal.com.br) também há pacotes em conta: US$ 400 por semana de curso. A acomodação é contratada separadamente e as passagens aéreas custam em média R$ 3.200 saindo de São Paulo, também segundo o SkyScanner. (* Com Igor Patrick)

Saiba mais

A IE, conhecida agência de intercâmbio, elaborou um pequeno guia com dicas para o estudante que pretende fazer intercâmbio. Selecionamos aqui as mais importantes.
- Documentação: passaporte e RG em dia, juntamente com documentos específicos para o caso de menores de idade.
- Cursos: escolha a opção de educação e experiência internacional que tenha mais a ver com seu objetivo profissional e/ou pessoal, para não resultar em perda de tempo.
- Destino: o local escolhido deve vir ao encontro de seus interesses pessoais e profissionais (um local agradável propicia melhor rendimento).
- Hospedagem: casa de família é o mais indicado para se aprofundar no idioma e na cultura locais. Moradia estudantil propicia intercâmbio cultural.
- Assistência de viagem e seguro saúde: imprescindíveis.


(* Com Igor Patrick)

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