Plano Estadual de Educação vai focar jovens entre 15 e 17 anos

Hoje em Dia*
25/05/2015 às 19:48.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:12
 (Wilson Dias/Agência Brasil)

(Wilson Dias/Agência Brasil)

O foco do Plano Estadual de Educação será melhorar o atendimento escolar para jovens entre 15 e 17 anos e reformular as formas de avaliação. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (25), pela secretária de Estado de Educação, Macaé Evaristo, durante o debate público sobre o programa, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).   O motivo para o direcionamento do plano é o analfabetismo entre pessoas acima de 15 anos, que em Minas Gerais alcança 7,6% e está acima da média da região Sudeste, de 4,8%. “Pesa nesse ponto o tamanho do Estado e as características dos municípios, que têm grande extensão territorial e, muitas vezes, têm como única renda o Fundo de Participação dos Municípios”, explicou Macaé Evaristo.   A secretária ressaltou, porém, que a maior parte desse analfabetismo está entre a população de idade mais avançada, e não entre os jovens. “Conseguimos, em Minas Gerais e no Brasil, estancar o crescimento do analfabetismo, já que conseguimos alfabetizar todas as crianças até os 8 anos de idade. Agora, precisamos atacar o analfabetismo funcional”, afirmou.   Preocupa, porém, que cerca de 15% dos jovens mineiros entre 15 e 17 anos estejam fora das escolas e, entre aqueles que frequentam instituições de ensino, quase 40% ainda estariam no ensino fundamental, segundo Macaé Evaristo. Por isso, manter os jovens na escola e ajudá-los a avançar será, ainda de acordo com ela, uma agenda prioritária.   Sistema de avaliação precisa de mudanças, segundo secretária   As formas de avaliar a educação no Estado foram criticadas pela secretária, que disse ser necessário repensar o Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (Simade). Ela salientou que Minas Gerais foi o primeiro Estado do País a implantar um sistema de avaliação educacional, mas que é preciso avançar. A simultaneidade entre as provas estaduais e as nacionais foi uma das críticas. “Precisamos conversar e pensar em como conciliar, ou até alternar, essas avaliações”, disse.   Ainda sobre o Simade, a secretária disse, ainda, que o fundamental é se apropriar dos resultados dessas provas. “Não adianta só avaliarmos, como fazemos hoje. É preciso intervir, avançar, olhar para os estudantes, para os profissionais, para as estruturas”, disse. Ela garante que esse debate será feito por sua pasta.   Minas Gerais tem 4 milhões de estudantes   A secretária de Educação apresentou também alguns dados. Segundo ela, Minas Gerais conta com 3.640 unidades de ensino, 336 delas em áreas rurais. Essas instituições atenderiam hoje mais de 4 milhões de estudantes. Ela lembrou, porém, que existem algumas distorções nas classificações de escolas rurais e urbanas e nas avaliações das instituições.   Ela citou como exemplo o município de São João das Missões (Norte de Minas), que conta com oito escolas, mas cada uma delas com vários anexos em áreas diferentes da cidade, totalizando 32 unidades, e lembrou que os anexos nem sempre têm a mesma estrutura da sede. Macaé Evaristo disse que é preciso levar em consideração essas questões para que o Plano Estadual de Educação não acabe acentuando as desigualdades. “O foco da nossa politica educacional é reduzir as desigualdades regionais”, afirmou.   (* Com ALMG)

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por