Helicóptero que caiu em Fama não tinha autorização para voos panorâmicos

Hoje em Dia
24/09/2014 às 20:28.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:20
 (Divulgação)

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O helicóptero que caiu na represa de Furnas, na cidade de Fama, no Sul de Minas, nesse sábado (20), não tinha autorização para fazer voos panorâmicos remunerados. A informação foi confirmada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), nesta quarta-feira (24). De acordo com a Anac, para prestar esse tipo de serviço, a aeronave precisa estar categorizada como TPX e a serviço de uma empresa de táxi-aéreo. A categoria de registro do helicóptero que caiu na represa estava como “Privada Serviço Aéreo Privado”. Na tragédia, um casal morreu. Há a suspeita de que o piloto do helicóptero fazia manobras arriscadas no momento do acidente.   No dia do acidente, a Polícia Militar (PM) afirmou que o piloto Bruno Abitdeol de Andrade Nogueira, de 34, sobrevivente ao acidente, foi contratado pelo casal para fazer um voo panorâmico sobre a área, procurada para passeios turísticos. Segundo a polícia, testemunhas viram o helicóptero fazendo um "voo rasante".   A Anac, por sua vez, alegou que ainda não é possível assegurar se a aeronave estava fazendo um voo panorâmico no momento do acidente. “Essas e outras informações serão apuradas no âmbito do processo administrativo instaurado pela Anac”, afirmou a agência. O órgão informou ainda que para realizar tais voos, o piloto precisaria, no mínimo, ter licença de piloto comercial.   Conforme mostra o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o helicóptero estava com a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) e o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) em dia. O CA era válido até o dia 19 de abril de 2018 e o Iam valeria até 9 de abril de 2015.   Nessa terça-feira (23), o delegado Eduardo Braga Corrêa, responsável pelas investigações do caso, começou a ouvir as testemunhas do acidente. Segundo o delegado, mais de 10 pessoas vão prestar depoimento. Corrêa, porém, não deu informou o teor de nenhum dos depoimentos prestados até o momento.   O acidente   No sábado (20), um helicóptero caiu na represa de Furnas, na cidade de Fama, no Sul de Minas Gerais. Três pessoas estavam na aeronave. O piloto, Bruno Abitdeol de Andrade Nogueira, de 34, sobreviveu. Ele conseguiu sair da aeronave e não se feriu. Um casal morreu.    O corpo do policial militar Marcos Antônio Alves, de 43 anos, foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros, ainda no fim da noite de sábado. O corpo de Lívia Reis Carvalho, de 27, mulher do policial, estava preso às ferragens pela bacia e pernas e foi resgatado também na noite de sábado. Na tarde deste domingo (21), por volta de 16h30, a corporação retirou da água a aeronave com o auxílio de um equipamento específico.     O PM Alves era comandante do destacamento da PM na cidade. De acordo com a corporação, ele contratou o piloto para fazer um voo panorâmico sobre a área, procurada para passeios turísticos. Segundo a polícia, testemunhas viram o helicóptero fazendo um "voo rasante".   Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave estava com a documentação em dia.   De acordo com a Polícia Civil, o piloto do helicóptero prestou depoimento na delegacia de plantão no último sábado. Ele foi liberado em seguida. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Fama, que é a responsável pela investigação.   Após a tragédia, o piloto foi salvo por pescadores e levado até o Hospital Nossa Senhora Piedade, na cidade de Elói Mendes. Da unidade de saúde, Bruno foi levado para a delegacia de Varginha para prestar esclarecimentos sobre o acidente. O piloto é do Rio de Janeiro e estaria usando uma área às margens da represa para pegar os passageiros. Um vídeo enviado para o WhatsApp do Hoje em Dia mostra a decolagem e a queda do helicóptero na represa de Furnas. Veja o vídeo:    

 

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