(Mercedes-Benz)
(MOGI GUAÇU – SP) – Acho que todo mundo já sabe, mas não custa repetir que a AMG (cuja sigla vem dos sobrenomes dos sócios Aufrecht e Melcher e da cidade natal de Melcher, Grosspach) é uma divisão do grupo Daimler AG, que também inclui a Mercedes-Benz, responsável por produzir “sonhos”. Bom, na verdade, produz veículos extremamente rápidos... Mas, já que dentro deles você sonha acordado enquanto pilota e, à noite, continua sonhando até que as lembranças passem, fico em dúvida sobre o verdadeiro produto. E saiba que tenho autoridade para falar sobre isso: quarta passada eu brinquei com esses “carrinhos”. Nas pistas do Autódromo “Velocittà”, em Mogi Guaçu, homologado pela Federação Internacional do Automobilismo (FIA) para qualquer coisa menos Fórmula 1, aceleramos ao limite (limite nosso, claro) vários modelos AMG. Mas hoje vamos falar só das novidades: S 63 AMG Coupé 4MATIC e AMG GT S, lançados no último Salão do Automóvel de São Paulo e, principalmente, do modelo oficialmente apresentado no dia, o Mercedes AMG C 63 S. Normalmente, uso comparações para que o motorista possa entender o que quero dizer, mas quanto ao desempenho, em relação aos veículos de nossos leitores comuns, não há como comparar! Quem sabe as pedras lançadas pelas catapultas da Idade Média tenham ideia do que estou tentando descrever. Para início de conversa, são potências acima de 500 cv, 94 cristais Swarovski nos faróis de um deles, acelerações de 0 a 100 km/h em 4 segundos ou abaixo disso, controles eletrônicos de estabilidade, tração e suspensão, suportes do motor com gerenciamento eletrônico para que o balanço não atrapalhe a estabilidade, entre muitas outras coisas. Falando mais sobre o C 63 S 4. Biturbo com 510 cavalos, velocidade máxima limitada por opção do fabricante em 290 km/h, aceleração de 0 a 100 km/h em 4,0 segundos e muito conforto a bordo. O mais impressionante é que, nas configurações mais “mansas”, ele pode ser dirigido pela vovó até o supermercado sem sustos. E, se a velhinha for corajosa, é só dar uma passada em uma pista de competições e acionar a função RACE START que, ao soltar o freio, o automóvel acelera com força máxima, passa as marchas de forma ideal e traciona da maneira mais eficiente possível conforme a aderência do piso. Com certeza, a “marmanjada” presente por lá vai passar vergonha. Câmbio fixo Mas vamos ao grande defeito dessas feras. Se eu não conseguir aumentar “um pouquinho” o meu salário, tão cedo não vou ter um desses... O C 63 custa US$ 209.900, o GT, US$ 329.900, e o Coupé, US$ 346.900. Se você tem essa grana, corre lá que até o fim de junho o dólar deles tá fixo em R$ 2,60.