Ibape revela trepidação excessiva em viadutos da Pedro I e sugere intervenções

Iêva Tatiana - Hoje em Dia
17/04/2015 às 12:48.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:41
 (Wesley Rodrigues / Hoje em Dia)

(Wesley Rodrigues / Hoje em Dia)

Será entregue ao Ministério Público, na tarde desta sexta-feira (17), o relatório encomendado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) à empresa de consultoria CGP-RCK referente aos viadutos construídos na avenida Pedro I. O presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia em Minas Gerais (Ibape/MG), Clemenceau Chiabi, já teve acesso ao documento.   Segundo ele, o que ocorreu foi uma alteração na norma 6118 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que trata de projetos de estruturas de concreto, feita no ano passado. "Nesse caso específico dos viadutos, o cálculo foi feito com um parâmetro anterior ao de 2014. Quando foi feita a verificação em cima da norma atual, percebeu-se alguma diferença em relação a parâmetros utilizados no cálculo", diz Chiabi.   Resultados   O presidente do Ibape/MG comentou o que deverá ser feito em cada uma das três estruturas apontadas pelo relatório.   "No viaduto Oscar Niemeyer, a alça B do viaduto Gil Nogueira, existe a possibilidade de um dos encontros com o pilar futuramente ter uma trinca e, por isso, é necessária uma correção para aumentar a durabilidade da estrutura", antecipa Chiabi.   Segundo ele, o mesmo elevado deverá passar por ajustes para trepidar menos, aumentando a vida útil. "Provavelmente, será feito um reforço para diminuir a vibração que ele pode ter".   Adequações   No viaduto da avenida João Samaha, o presidente do Ibape/MG adianta que a situação é semelhante à do Oscar Niemeyer.    "Também existe a necessidade de intervenção nos vãos do viaduto para otimizar a prontenção que foi projetada inicialmente em relação ao parâmetro novo utilizado", disse Chiabi, explicando que "prontenção" são as barras de aço colocadas dentro da estrutura dos elevados e esticadas para definir o tamanho do vão.   Já o viaduto Monte Castelo deverá ser apenas monitorado para verificar se será preciso alterar a margem de segurança dele.    "Na prática, isso significa que não está acontecendo nada. É que foi calculado um parâmetro um pouco diferente (do atual) relacionado à margem adicional de segurança na estrutura, de maneira geral. O cálculo prevê que o viaduto tem que suportar duas vezes o total da carga (peso dele, de carros e pedestres). Está se discutindo se vai aumentar mais do que o dobro da carga ou não".

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