MARIANA - O real risco causado pelas trincas detectadas na barragem de Germano, da Samarco, em Mariana, Região Central do Estado, ainda é incerto. Técnicos do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão responsável pela fiscalização das barragens, somente terão acesso ao local das rachaduras na sexta-feira (13). Até lá um radar monitora a situação.
Na terça os representantes do órgão estiveram no local, mas fizeram análises apenas a distância, o que havia indicado a segurança da barragem. Eles voltaram ao local hoje.
"Tínhamos conhecimento da possibilidade de trincas causadas pelo rejeito que saiu da barragem de Fundão e afetou a parte debaixo da barragem de Germano, mas não temos elementos para apontar que ela está insegura. Existe um radar que monitora se há movimento na barragem, e ele apita se o movimento for de 1 milímetro. A informação da empresa é que não houve nenhuma movimentação", disse o coordenador de fiscalização da pesquisa mineral do DNPM, Luiz Paniago.
Quando tiver acesso ao local, os trabalhos do DNPM serão no sentido de identificar possíveis riscos gerados pelas rachaduras agora detectadas. Essa perícia técnica deve demorar um dia de trabalho de campo e mais um de análises do material colhido.
As vistorias que podem apontar causas no rompimento de Fundão serão feitas posteriormente. "A prioridade são as vítimas e a segurança. Depois analisaremos Fundão, onde o trabalho será muito mais complexo", disse.
Alerta da Samarco
Por meio de nota, a Samarco pede a população para desconsiderar alguns boatos que circulam, especialmente nas redes sociais, a respeito da instabilidade da Barragem de Germano, em Mariana. No texto, a empresa reitera que todos os seus mecanismos de controle não apontam qualquer indício de abalo na estrutura.