Incêndio no Pico do Ibituruna é controlado, mas ainda há focos espalhados

Ana Lúcia Goncalves - Hoje em Dia
15/10/2015 às 16:46.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:04
 (Leonardo Morais)

(Leonardo Morais)

O fogo ainda consome o Pico da Ibituruna, principal cartão postal de Governador Valadares, no Leste do Estado. Os brigadistas conseguiram controlar as chamas na tarde desta quinta-feira (15), depois de 48 horas de combate, mas ainda existem focos espalhados pela serra de 1.123 metros de altitude. A expectativa do chefe regional do Instituto Estadual de Florestas (IEF) na cidade, Edenilson Cremonini, era o de conseguirem apagar todos eles antes da chegada da noite, quando os trabalhos são suspensos.

"O incêndio está controlado, mas não debelado", explica Cremonini. Mais de 20 hectares de vegetação já foram consumidos pelo fogo que começou por volta das 16 horas desta terça-feira (13), depois que um carro sofreu uma pane elétrica e lançou faíscas às margens da estrada. Desde então vem sendo combatido por mais de 80 pessoas (bombeiros, brigadistas e voluntários), duas aeronaves e um helicóptero enviados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad). A vegetação seca e o vento favorecem a combustão.

Segundo a gerente do Monumento Natural Estadual Pico da Ibituruna, Tuana Marques, além da vegetação rasteira e da área florestal composta por remanescentes de Mata Atlântica, o fogo dizimou animais como serpentes e ouriços cacheiros. Também comprometeu a fachada do Pico, que agora está cinza. “Só nesta área (frente) o fogo consumiu mais de dez hectares nas primeiras horas de combate. O vento fez o fogo circular”, explicou Marques. O levantamento exato da área queimada será feito pela Polícia Militar de Meio Ambiente.

O Pico da Ibituruna tem 1.123 metros de altitude e abriga as rampas que tornaram a cidade conhecida como a “capital mundial do voo livre”. Além disso, é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral (UC), e ainda Área de Preservação Permanente (APP) e Área de Proteção Especial (APE). Em seu entorno estão importantes remanecentes de Mata Atlântica e mais de 200 sitiantes que vem sendo orientados a construir aceiros em torno de suas propriedades.

Em 2013 um incêndio de causas desconhecidas consumiu área equivalente a 20 campos de futebol no Pico da Ibituruna.
 

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