Prisioneiros palestinos em Israel encerram greve de fome de 63 dias

Agência Estado
25/06/2014 às 13:45.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:08

Dezenas de prisioneiros palestinos encerraram nesta quarta-feira sua greve de fome de 63 dias em Israel, depois de chegarem a um acordo com autoridades prisionais israelenses, disse uma autoridade palestina.

O acordo ocorre em meio a uma operação terrestre de larga escala de Israel na Cisjordânia em busca de três adolescentes israelenses que desapareceram no Território palestino há quase duas semanas. Também ocorreram ataques quase diários palestinos com foguetes a partir de Gaza, provocando ataques aéreos israelenses em retaliação.

Desde 2012, os prisioneiros palestinos organizaram uma série de greves de fome, às vezes como indivíduos e, por vezes, em grupos maiores para protestar contra a "detenção administrativa", uma política que pode manter alguns presos sob custódia por meses sem acusação formal. Israel defendeu a prática como uma ferramenta necessária para parar a atividade militante, incluindo ataques.

A mais recente greve de fome foi lançada em 24 de abril e envolveu 77 presos, de acordo com Fares Qadoura, um defensor de prisioneiros palestinos.

Fares afirmou que o acordo "determina que os prisioneiros fiquem no hospital até se recuperarem, e então eles serão levados para as prisões onde estavam antes da greve de fome, enquanto Israel encerrará medidas punitivas contra eles".

Entre as medidas punitivas, estavam a limitação das visitas de membros da família bem como a remoção de televisores e outras amenidades de seus quartos na prisão. "Isso não é uma grande vitória, mas abalou a lei de detenção administrativa", disse Fares, acrescentando que os presos vão "continuar sua luta pela liberdade".
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