Minicisterna: aposta barata e simples para captar água de chuva

Patrícia Santos Dumont - Hoje em Dia
18/04/2015 às 17:35.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:42
 (Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

(Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

Tubos e conexões de PVC, um galão (bombona reutilizável), tela mosquiteiro, ferramentas domésticas, como serrote, furadeira e alicate, e uma dose de boa vontade e habilidade manual. Em poucas horas está pronto um método simples, barato e, principalmente, seguro para captação de água de chuva. A minicisterna, como foi batizada, vem sendo difundida como uma opção sustentável para garantir o reúso do recurso em tempos de escassez. Em Belo Horizonte, entusiastas de inovações podem aprender a fazer a engenhoca num minicurso ministrado no terceiro sábado de cada mês, no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, no bairro Santa Inês.   O sistema, que não leva mais do que cinco horas para ficar pronto, permite recolher até 200 litros de água a cada 20 minutos de chuva (cerca de 2 milímetros), se considerado um telhado de 20m² a 50m². O recurso acumulado, que chega através das calhas, só não é recomendado para uso potável, como beber e cozinhar. Fora isso, pode ser reutilizado para qualquer finalidade, como lavar roupas, regar plantas e dar descarga.   "É uma forma muito simples de evitar o desperdício de água. O sistema é formado por quatro estágios: o filtro, o separador das primeiras águas, que descarta a água que lava o telhado, o redutor de turbulência e o extravasador, que faz a limpeza das sujeiras finas", detalha o instrutor Rafael Xavier, geógrafo e professor de cursos de extensão do museu. Segundo ele, o gasto para confeccionar a minicisterna varia de R$ 200 a 300.    Segundo Rafael, se a água coletada não contiver resíduos orgânicos - insetos mortos, folhas e frutas, por exemplo -  o tempo de armazenamento é indeterminado. "Mas é importante observar se a água vem totalmente limpa, do contrário pode dar mau cheiro. Nesse caso, a recomendação é guardar por no máximo duas semanas.   Geógrafo e professor de ensino técnico, Frederico Leite veio de Itabirito, na região Central de Minas, para aprender a fabricar o sistema. Ele integrou a turma que, ontem, participou da segunda edição do curso, em BH. "Quero desenvolver para usar em casa, divulgar em sala de aula e empreender para vender", comentou. Com custo máximo de R$ 300, as minicisternas podem ser vendidas por até R$ 600, segundo ele.    As aulas são limitadas a 30 pessoas e custam de R$ 60 a R$ 75. Interessados podem se inscrever pelo site  www.gerasolbh.com.br ou pelo telefone (31) 3053-3555. A próxima turma se reúne no dia 16 de maio. 

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