Um River Plate que se especializou em matar fantasmas

Alexandre Simões - Hoje em Dia
28/05/2015 às 01:49.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:14
 (Alexandre Simões)

(Alexandre Simões)

A goleada de 3 a 0 do River Plate sobre o Cruzeiro, nesta quarta-feira (27), em pleno Mineirão, deu aos argentinos a certeza de que o clube recuperou a sua alma copeira, que parecia ter sido perdida no final dos anos 90, quando o clube venceu a Copa Libertadores (1996) e a Supercopa (1997).   O título da Copa Sul-Americana, alcançado no ano passado, somado aos episódios de superação nesta Libertadores, criaram um clima de exaltação ao novo espírito que parece pairar sobre Núñez.   "Vivemos uma fase de grupos de muita superação. E estamos matando fantasmas. Acabamos com o do Boca Juniors, de 2000 e 2004 (anos em que o rival eliminou o River da Libertadores), e agora exterminamos outro, o Cruzeiro, de 1976, 1991, 1992, 1998", afirma o segundo vice-presidente do clube, Matias Patanian, na porta do vestiário, lotado de dirigentes e jornalistas argentinos.   Entre os jogadores, o clima também era de exaltação ao grande resultado alcançado dentro do Mineirão, diante de um adversário que sempre tinha eliminado o River Plate. "Fizemos uma partida de muita entrega. E tive a felicidade de ajudar a equipe marcando o segundo gol no final do primeiro tempo", garantiu o zagueiro Maidana.   O técnico Marcelo Gallardo, integrante da geração de ouro dos anos 90, preferiu dar todos os méritos aos seus jogadores, embora tenha feito mudanças de nomes e táticas que foram fundamentais para a goleada de ontem.   Num comparativo entre os times de 1996 e 1997 e o atual, o vice-presidente Matias Patanian destacou a grande qualidade técnica da equipe dos anos 90, que contava com craques como Francescoli, Hernán Crespo, Ortega, Almeyda, Sorín e Gallardo, entre outros, e o poder tático e de entrega do grupo atual.     Num clima de euforia, de jogadores, dirigentes e até jornalistas, o River Plate deixou o Mineirão, na madrugada desta quinta-feira (28), ainda sem saber se vai encarar Racing ou Guaraní, do Paraguai, nas semifinais.   As certezas são de que o jogo de volta será fora de casa, mais uma vez. E de que o time de Marcelo Gallardo não pode ser menosprezado, pois matando fantasmas ele está fazendo nascer mais uma história de superação, pois nunca é demais lembrar que em 2012, o River Plate jogava a Segunda Divisão na Argentina.

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