(Paulo Henrique Silva)
Por causa da greve dos caminhoneiros iniciada na segunda-feira (21), vários postos de Belo Horizonte estão sem combustível. Aqueles onde ainda era possível encontrar gasolina na manhã desta quinta-feira (24), havia uma grande fila de carros.
No posto Petrobras da avenida Cristiano Machado, no bairro União, próximo ao Minas Shopping, a gasolina estava sendo vendida a R$ 4,89. Mesmo com o alto valor, uma grande fila se formou na rua adjacente, a Doutor Júlio Otaviano Ferreira. O mesmo aconteceu no Posto Petrobras da avenida do Contorno, no Barro Preto, onde motoristas faziam grande fila para abastecer por R$ 4,99 o litro da gasolina.
No posto Ipiranga da avenida Cristiano Machado próximo ao túnel da Lagoinha, onde a gasolina era vendida a R$ 4,73 nesta quarta-feira (23), já não há mais combustível. O mesmo acontece em outros postos da região Leste.
Na região Centro-sul da capital, vários estabelecimentos já não possuem mais combustível. Na avenida Afonso Pena, próximo à Praça da Bandeira, o posto Ipiranga está com estoque zerado. Na rua do Ouro, dos dois postos, apenas um ainda vendia combustível na manhã desta quinta. Na praça JK, apenas diesel é comercializado.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), não há um levantamento preciso de quantos postos do Estado estão desabastecidos, mas estima-se que de 30 a 40% dos 4.300 estabelecimentos do setor em Minas estejam deficitários.
De acordo com o presidente do Minaspetro, Carlos Guimarães, se a manifestação dos caminhoneiros continuar até o fim de semana, possivelmente não terá mais combustíveis nos postos do Estado. "A gente destaca que não só o diesel está caro, mas também a gasolina. Hoje estamos diminuindo cerca de 50% do valor. Queremos impostos justos. Minas, por exemplo, cobra 46 centavos a mais que São Paulo... com a Regap aqui, em Betim. É um absurdo".Maurício Vieira / N/A
Posto de gasolina na avenida do Contorno, no Barro Preto, tinha fila nesta manhã