Advogada é presa suspeita de planejar fuga de marido na Nelson Hungria

Cinthya Oliveira
19/12/2018 às 10:13.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:39
 (Polícia Militar/Divulgação)

(Polícia Militar/Divulgação)

Uma advogada de 31 anos foi presa na noite dessa terça-feira (18) suspeita de ter planejado o resgate do marido, que está preso no Complexo Penitenciário de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Uma das estratégias para o plano foi roubar um Renault Duster e transformá-lo para que ficasse como um veículo do sistema prisional, clonando a placa e plotando com imagens idênticas às imagens dos carros oficiais. De acordo com a Polícia Militar, o veículo foi roubado no mês passado, no bairro Gutierrez.

A inteligência da corporação levantou a informação de que a advogada e um grupo de comparsas estariam planejando a fuga de um homem chamado Chacal, preso por tráfico de drogas. Uma equipe foi até o endereço da suspeita, no bairro Eldorado, em Contagem, e lá encontrou dois veículos cobertos, um Renault Duster clonado e alterado e um Peugeot 206 que havia sido roubado no dia 11 de dezembro. 

A chave do Renault foi encontrada dentro do apartamento da suspeita. No carro clonado, os policiais encontraram vários materiais que seriam usados na fuga: um revólver calibre 38 com a numeração raspada, munição, capas de coletes com emblemas do sistema prisional, fardamento e coturnos. Também foram encontrados muitos miguelitos, dispositivos feitos com pregos para furar pneus de outros carros, caso houvesse uma perseguição. Dentro do apartamento da advogada, tinham dois celulares (além do que estava nas mãos dela) e vários chips. 

Um outro homem suspeito foi interrogado por policiais, mas não foi encontrado nenhum material ilegal em sua posse. Um porteiro do edifício confirmou que esse suspeito teria dirigido os carros apreendidos e que teria usado um fardamento. A chave do Peugeot foi localizada dentro do apartamento de outro suspeito, ainda não localizado. 

A polícia suspeita que outros veículos seriam clonados para a ação de resgate do preso. O caso foi encaminhado à Delegacia de Plantão de Contagem. 

A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) informou, por meio de nota, que existem protocolos de segurança que não permitiriam a entrada de pessoas estranhas ao sistema prisional, muito menos o deslocamento de presos sem demanda da Justiça, ainda que se utilizasse de subterfúgios como falsas viaturas e vestimentas típicas do sistema prisional. A secretaria comunicou também que a advogada presa ainda não deu entrada no sistema prisional. Polícia Militar/Divulgação / N/A

Adesivo falso trazia o nome do Getap, Grupo de Escolta Tática Prisional

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por