Exoneração de diretores do Postalis foi pedida em julho

Estadão Conteúdo
21/08/2014 às 09:15.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:52

Indicados por PT e PMDB, os quatro integrantes da cúpula do Postalis, fundo de pensão dos Correios, tiveram sua exoneração solicitada por dois conselheiros em 28 julho deste ano.

As razões do pedido, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, são a forma como os recursos do Postalis são geridos e também o descumprimento de decisões do conselho deliberativo.

Os motivos são semelhantes aos que levaram associações de funcionários dos Correios a pedir, na terça-feira (19), a pedir a intervenção do Ministério da Previdência no Postalis.

As associações avaliam que a interferência dos partidos políticos no fundo levou a "operações suspeitas" e ao rombo de R$ 2,2 bilhões acumulado de 2013 a junho de 2014. Na reunião de julho, conselheiros ligados ao PT derrubaram a proposta, alegando que a medida prejudicaria a imagem do Postalis.

Em diversas reuniões realizadas em 2013, os conselheiros pediram que a diretoria executiva indicasse os motivos e as responsabilidades sobre o déficit. A ata da 12ª reunião ordinária de 2013, realizada nos dias 12 e 13 de dezembro, mostra que os conselheiros registraram que "o descumprimento e/ou adiamento das determinações solicitadas à diretoria executiva é evidente e extremamente prejudicial ao instituto".

Fontes consultadas pela reportagem relataram ainda que a demora da diretoria para promover a troca de gestores de investimentos do Postalis também motivou o pedido de destituição dos diretores.

Uma das preocupações principais é com o banco americano BNY Mellon, pivô de um dos principais escândalos recentes que envolvem o Postalis. Segundo reportagem do jornal O Globo publicada em maio, a CVM investiga possíveis fraudes no negócio do Postalis com o banco.

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