
A "segunda casa dos atleticanos", conforme o próprio dono rotula, o Bar do Salomão, localizado no bairro Serra, em Belo Horizonte, virou vítima de multas do Ministério Público de Minas Gerais e vive momento delicado no balanço financeiro. O reduto, que costuma reunir grande números de alvinegros nos jogos do Galo, recebeu três multas na última sexta-feira e batalha para contornar o pagamento de R$ 58 mil.
Salomão Jorge Filho, proprietário do estabelecimento e neto do fundador do bar, confessa se sentir perseguido pelo MP. Isso tudo porque ele precisou assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no final do ano passado, o qual previa redução do local ocupado por cadeiras e mesas, diminuição sonora do ambiente, além de proibição na instalação de um telão. São R$ 10 mil de multa para cada dia descumprido.
"Na última sexta-feira, recebemos multa de R$ 30 mil do Ministério Público, porque alguém denunciou que a TV que transmitia o jogo estava virada para fora do bar. Depois, no mesmo dia, a Prefeitura me puniu três vezes. R$ 8 mil, R$ 9 mil, R$ 11 mil", disse Salomão Filho, ao Hoje em Dia.
As multas da Prefeitura de Belo Horizonte são referentes às rodas de choro que o bar organiza de segunda a quinta-feira. Salomão já acionou um advogado para defendê-lo junto ao MP e conta com a ajuda da torcida do Atlético para reverter a difícil situação administrativa.
"Meu público diminuiu nos dias dos jogos. Estamos sofrendo com essa situação. Mas conto com a colaboração da torcida do Galo. Afinal, nós somos um bar de futebol, algo que o Ministério Público está tentando acabar", diz Salomão, tentando salvar o estabelecimento com mais de 70 anos de história.