CPI acusa o governo federal de fazer propaganda em sites ilegais

Hoje em Dia
09/10/2015 às 10:47.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:59

O deputado Sandro Alex (PPS), o sub-relator da CPI dos Crimes Cibernéticos, acusou o governo federal de fazer propaganda em sites ilegais. O parlamentar apresentou um levantamento na internet onde identificou mais de 500 sites que oferecem conteúdo criminoso desde filmes piratas até pornografia.

Segundo Sandro, os 50 maiores receberam só neste ano mais de 1 bilhão de visitas de internautas, e que para se manterem funcionando e atrair visitantes, essas páginas trazem anúncios e propagandas de grandes empresas e marcas e até do governo federal.

“Quem tinha conhecimento disso? Aalguém tinha porque o pagamento foi efetuado. Essa mídia não foi para lá de forma indevida, ela foi autorizada e paga e o mais importante com dinheiro público. A vítima nesse caso foi a população brasileira. E, com a presença do governo federal e marcas importantes do Brasil, isso dá credibilidade ao ilícito e nós vamos combater”, disse o deputado.

Ministro pede investigação

O ministro Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação Social, disse que o governo não tinha conhecimento de anúncios em páginas ilícitas. As propagandas vão para as páginas mais acessadas, mas falou que isso agora vai mudar, que os sites serão rastreados.

“É evidente que o governo jamais contratou sites ilegais. Nós não sabíamos, nós vamos apurar porque, no nosso entender, isso é grave. As marcas do governo federal só podem ser utilizadas quando o governo federal as autoriza. Portanto, a utilização indevida das marcas do governo federal caracteriza crime", disse o ministro.

A CPI pediu uma lista de todas as propagandas feitas pelo governo federal na internet desde 2011 e quer investigação imediata da Polícia Federal.

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