Jornalista argentino analisa próximo rival do Cruzeiro na Copa Libertadores

Juan Pablo Méndez - Editor do jornal “Olé” - Especial para o Hoje em Dia
19/05/2015 às 07:16.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:06
 (River Plate)

(River Plate)

O River precisou se reformular em relação a 2014. Peça-chave na Copa Sul-Americana, Pisculichi caiu muito de rendimento e perdeu espaço no time. Assim, a equipe passou a jogar sem o armador clássico – o “enganche” –, e o esquema 4-4-2 vem sendo o mais utilizado. É nesse sistema que o técnico Marcelo Gallardo enfrentará o Cruzeiro nesta quinta-feira, às 22h, em Buenos Aires, no duelo de ida pelas quartas de final da Copa Libertadores.

O goleiro Barovero demonstra muita segurança e transmite tranquilidade aos companheiros. Tem como principal característica os bons reflexos e é mais seguro embaixo das traves do que nas saídas da meta.

Os dois laterais – Mercado pela direita e Vangioni pela esquerda – se projetam muito ao ataque. O primeiro chega com mais frequência à linha de fundo, enquanto o segundo tem maior facilidade para entrar em diagonal na direção da grande área. Ambos têm capacidade de marcação, porém Vangioni costuma se exceder no número de faltas cometidas.

Na centro da defesa, os dois zagueiros apresentam pontos fracos. Maidana possui bom tempo de bola e se destaca nos cabeceios, mas é lento com a bola dominada. Funes Mori, por sua vez, também é bom no jogo aéreo, porém frequentemente comete falhas com a bola no pé.

O principal destaque do time está entre os meio-campistas. Pela direita, Carlos Sánchez tem bom controle de bola e projeção em velocidade. É um dos principais escapes para o ataque e também realiza bem a cobertura nas saídas dos companheiros. Convocado desde o ano passado para a seleção do Uruguai, é sem dúvidas um dos jogadores que mais evoluiu no River neste período.

Na região central do campo, Ponzio é outra peça-chave neste momento. Com experiência europeia \defendeu o Real Zaragoza-ESP\, sabe ler muito bem o jogo e é o grande responsável pelo início das jogadas, além de atuar bem na recuperação. Aparece ao lado de Kranevitter, com quem dividiu o protagonismo no primeiro superclássico das oitavas de final contra o Boca Juniors, com muita inteligência e intensidade.

Por fim, Pity Martínez substitui o jovem Driussi, vetado da partida por conta de uma meningite. Com boa chegada à grande área e capacidade de drible, é um meia-atacante habilidoso e pode criar perigo. Porém, frequentemente se perde durante o jogo e deixa de ser efetivo.

No ataque, o uruguaio Mora vem crescendo desde o ano passado. Com boa finalização, tem a capacidade de ir para cima e definir a jogada. No entanto, enfrenta o mesmo problema que Martínez: é irregular e pode estar em uma noite pouco inspirada.

Principal referência ofensiva e jogador mais habilidoso do River, Teo Gutiérrez foi eleito pelo jornal “El País” o melhor jogador em atividade na América em 2014. No entanto não vem jogando bem neste ano e está muito abaixo de seu nível, perdendo gols que não costumava desperdiçar.
 

(*)Colaborou Henrique André - Hoje em Dia

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