Mineiro rumo a Londres 2016; Gabriel representará o Brasil no Mundial

Gláucio Castro - Hoje em Dia
20/11/2015 às 07:23.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:00
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Quando criança, o garoto Gabriel Wallace foi diagnosticado com Síndrome da Hipermobilidade. Conhecida popularmente por “frouxidão ligamentar”, a doença provoca a frouxidão dos ligamentos e das articulações.

Para tentar minimizar o problema, a família resolveu matriculá-lo nas aulas de circo. Logo, a arte se transformou em paixão.

Há apenas dois meses, Gabriel, hoje aos 17 anos, conheceu o pole sports. E ele acaba de conquistar o título de campeão brasileiro. Com o feito, ele garantiu vaga para representar o Brasil no ano que vem no Mundial da modalidade, marcado para julho de 2016, em Londres.

“Tudo é muito novo para mim. Mudei de modalidade e, em pouco tempo, consegui conquistar um título tão importante. Nunca saí do Brasil, e agora vou para a Inglaterra representar o país.

Confesso que estou bastante ansioso”, diz Gabriel, que garantiu o título nacional na categoria novato elite misto, disputando a final com duas mulheres.

Para chegar ao lugar mais alto do pódio, Gabriel apostou em uma coreografia que misturava movimentos circenses com os do próprio pole sports.

“Os jurados gostam de coisas que surpreendem. Foi isso que teu tentei fazer, e acabou agradando”, resume.

Novato no pole sports, o atleta contou com a ajuda da técnica Luiza Senra – referência na modalidade em Belo Horizonte – para montar a coreografia.

Além da apresentação que tinha um pouco de cada uma das duas artes, Gabriel acredita que a intimidade com os movimentos executados no circo, principalmente os aéreos, facilitou a adaptação ao pole sports, mesmo com o pouco tempo de prática.

“O Gabriel é ativo desde os seis anos. Fez dança, circo e ginástica. Por isso tem uma consciência corporal muito refinada, além de força e flexibilidade necessárias para executar os movimentos com fluidez”, resume Luiza.

Sem preconceito

Apesar da modalidade ser mais associada ao sexo feminino, Gabriel garante não sofrer preconceito. “Tem crescido muito o número de homens que também estão praticando. Antigamente, as pessoas viam mais com uma dança, algo associado a sedução. Hoje, o pole já é mais ligado ao esporte, à força”, diz o praticante.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por