Adolescentes são resgatados de alojamento precário e suposto trabalho forçado

Hoje em Dia
23/02/2015 às 17:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:07

Cerca de trinta adolescentes, entre eles oito angolanos, continuarão acolhidos pelo Conselho Tutelar de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, até que os responsáveis legais vão buscá-los. Um grupo de 45 menores foi resgatado, na última sexta-feira (20), de um sítio da Associação das Famílias para a Unificação e Paz Mundial, após denúncias de estarem em alojamentos em condições precárias, além da suspeita de trabalhos forçados na cidade vizinha de Congonhal.   Segundo o secretário de comunicação de Pouso Alegre, Cristiano Rodrigues, uma reunião realizada nesta segunda-feira (23) entre a Secretaria de Assistência Social da cidade, o Ministério Público e um juiz da vara de Infância e Juventude, decidiram sobre a guarda dos adolescentes até que os pais deles, ou responsáveis legais, vão buscá-los.   Na sexta-feira eles foram levados para uma escola municipal e depois transferidos para um antigo prédio de uma autarquia da prefeitura. Agora, a busca é para um local mais adequado para um possível longa permanência.    Sob os menores angolanos, a Polícia Federal foi acionada e impediu a saída dos jovens do Brasil, uma vez que eles estariam em condição ilegal no país. O órgão federal irá analisar o caso.   Resgate   Na última sexta-feira, denúncias levaram o Conselho Tutelar 45 adolescentes, meninos e meninas entre 13 e 17 anos, do sítio da instituição religiosa. Dentre os jovens, oito são angolanos. Já dentre os brasileiros, as origens são de diversos Estados, como Acre, São Paulo, Mato Grosso, entre outros. O órgão municipal constatou que os menores estavam alojados em locais precários e sujos. Além, disso, alguns deles estariam sendo forçados a trabalhar, vendendo chaveiros nas ruas de Congonhal.   A instituição estaria em situação irregular na cidade, além de estar tentando construir uma sede oficial em Pouso Alegre. Durante o fim de semana, alguns pais já foram buscar os filhos. Procurada pela reportagem, a entidade não se pronunciou sobre o caso.   A Associação das Famílias para a Unificação e Paz Mundial, seria ligada a uma seita do sul coreano reverendo Moon. A religião foi criada em 1945. 

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