Na memória, fica a imagem da simplicidade e simpatia de Ronaldinho

Alberto Ribeiro - Hoje em Dia
31/07/2014 às 07:43.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:35
 (Luiz Costa)

(Luiz Costa)

Quando deixou a pacata cidade de Rio Verde, no interior de Goiás, em 2009, vislumbrando um dia chegar ao auge na carreira como jogador de futebol, certamente nem passava pela cabeça do jovem Marcos Vinícius que um dia ele poderia “bater bola” com Ronaldinho Gaúcho.

Naquela época, o então astro do Milan desfilava seu raro talento pelos gramados do Velho Continente. Cinco anos se passaram. Hoje, figurante da equipe sub-20 do Atlético, Marcos segue sua caminhada em busca do um lugar ao sol. Aos 19 anos, o menino franzino e tímido, de fala simples, mal pôde acreditar ao se sentar ao lado do ídolo no avião que levava a equipe alvinegra à China, na excursão do Galo durante a Copa do Mundo, em junho.

Os olhos assustados e o “tremor” foram evidentes. Na cabeça, um turbilhão de perguntas: “Ronaldinho ao meu lado? Ele é gente boa? Não estou acreditando”, pensava. O jeito simples e humilde do melhor jogador do mundo em 2004 e 2005 surpreendeu Marcos. “Não conversamos muito, porque em grande parte da viagem ele foi dormindo. Mas o pouco que nos falamos serviu como um aprendizado muito grande”, disse Marcos.

Foram muitos os conselhos de R10 ao jovem garoto. “Ele me disse para eu focar nos meus objetivos, não desistir nunca. Ter a cabeça boa para superar os obstáculos da carreira de jogador. Vou levar isso para sempre comigo”, conta Marcos.

Carisma

Assim como sua relação com a Massa, a passagem de Ronaldinho durante esses anos na Cidade do Galo foi marcada pelo carisma. Do presidente Alexandre Kalil ao funcionário mais simples, todos ficaram surpreendidos com a humilde do craque.

“Quem convive com ele sabe do que estou falando. Ronaldo é um ser humano sensacional, do mais alto nível. Humilde ao extremo. Sempre respeitou todo mundo e tratava a todos com um tremendo respeito. Hoje eu posso dizer que somos grandes amigos”, revela o segurança Lúcio Fábio.

Lúcio era o responsável por “marcar” o craque sob pressão durante as viagens do grupo. Segurar o turbilhão de assédio não era tarefa fácil para esse “carrapato”. Afinal, por onde passava, R10 mobiliza uma multidão de fãs. Não importa se o Atlético estava na China, na Índia, na Colômbia ou na Argentina. “Era uma loucura. Um assédio tremendo, que até assustava. Nunca tinha visto isso”, lembra o segurança, que trabalha para o Galo há 15 anos.

O convívio diário nesses dois anos ficará marcado para sempre na memória do funcionário, que teve a oportunidade de trabalhar com vários grandes nomes do futebol. “Para se ter uma ideia, ele está indo embora, mas nem nos despedimos. Porque sei que é apenas um ‘até breve’. Eu tenho os contatos dele e ele tem os meus. Um dia nos reencontramos”, finaliza.

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